terça-feira, 30 de novembro de 2010

Porque é que quando estamos tão zangados queremos fazer, da pessoa que mais gostamos, a nossa aspirina? Como se essa pessoa tivesse a obrigação de tapar todos os buracos que sentimos cá dentro. Depois sentimo-nos frustrados, pois claro que sentimos.
Mania de vermos o mundo só com os nossos óculos...

As coisas de hoje

Não sei quem é que foi o inventor dos passes da Lisboa Viva, mas se por mero acaso alguém dessa empresa me estiver a ler, aqui vai o recado: os chips não valem uma merda! (Estou mesmo zangada, estou). Já é o terceiro passe que peço, porque parece que aquela porcaria tem uma esperança de existência muito limitada. Se é para ganharem dinheiro com os utilizadores, esqueçam que não vou pagar mais 10 euros por outro! Parece que ganha vida própria e só funciona quando decide. Ora um dia ponho-o na máquina de carregamento e aquilo existe logo um contacto de amizade, ora então está ali a aguçar-me os nervos às meias horas e é ver-me a virá-lo de um lado, do outro, ao contrário, do lado direito outra vez, até que a máquina dê com ele. Isto a juntar às dezenas de pessoas que se acumulam atrás de mim, deixo de ser só eu a rogar pragas ao cartão para me rogarem pragas a mim. Chipzinho sensível dum raio! Chiça!

Mas depois, vai uma pessoa à vida dela com a lista dos afazeres na mão quando tropeça num quiosque da MaryCupcakes! Ora os meus olhos que começaram logo a varrer a montra, a minha primeira reacção foi "quero uma caixa com um de cada". Mas não. Controlei-me e a muito custo lá escolhi só um que me deliciou até aos ossos. Frutos vermelhos com creme de queijo. Temos sempre a sensação que são pequenos e que se tivessem o dobro do tamanho não se perdia nada, mas na verdade têm o tamanho certo. E, já agora, pessoas que tiveram a ideia de pôr um quiosque da Mary no Atrium do Saldanha: vocês são uns amores!! 
  
Ah, também fui à farmácia do costume porque trabalha lá o farmacêutico mais charmoso e mais simpático de Lisboa e quiçá do mundo... mas ele não estava lá e já é a segunda vez que isso acontece. Sr Dr. se também me está a ler já indicava o endereço da sua nova loja! Muito obrigadinha!
Ora isto passou-se em pouco mais de uma hora. O resto do dia foi o costume... uma rotina!

A Minnie e o Mickey à minha espera

Daqui a precisamente 30 dias estarei aqui:

Decisões e opções

Fernando Savater escreveu em Ética para um jovem, que "pode-se viver de muitas maneiras, mas há maneiras que não nos deixam viver". Quando li esta frase, ficou-me a bater cá dentro até hoje. O que eu ainda não consigo perceber é em que parte do meu corpo ficou registada, se na minha cabeça ou no meu coração.
Há muita coisa que a idade nos trás, mas para mim, o que me custa mais neste processo de consciência adulta são as decisões. E quando falo de decisões não me refiro só aquelas que todos temos de tomar para construir um futuro: aceitar aquele trabalho ou  o outro, se poupamos para um carro ou para uma viagem, se vamos para uma cidade diferente ou se ficamos na mesma- estas podem custar mas apenas porque se quer ter tudo e é sempre difícil de optar, portanto é uma decisão a roçar a opção. As decisões que eu falo são daquelas que não nos apercebemos das opções e quando damos por ela quase que não temos alternativa. Ou é, ou não é. Ou se fica ou se sai. Ou se releva ou se amarga. E depois pensamos: "Como raio é que cheguei até aqui? Como é que isto ficou assim sem eu me ter apercebido? E agora?" E quando começamos a fazer estas perguntas apercebemo-nos, de uma forma quase automática, que alteraram a nossa vida.
A questão é que nós podemos sempre escolher tudo o que vivemos. Em algum dia  tudo isso foi uma opção nossa. Escolhemos ir para a direita em vez de ir para a esquerda, escolhemos ir embora do que ficar, escolhemos não aturar mais e cortar tudo a eito. E se é verdade que no dia que as opções foram tomadas estávamos convencidos que eram as melhores na altura, não quer dizer que mais tarde não se sinta a falta, não se pense no assunto e não é verdade que não questionamos tantas vezes porque é que afinal não fizemos tudo diferente.
As pessoas não são perfeitas, claro que não, e todas elas têm um lado negro,só que é difícil saber lidar com isso. E é daí que nascem as decepções, os desencantamentos, as tristezas que nos deixam tão tristes, com um sentimento de injustiça e ingratidão tão fortes como um murro no estômago. Ter pena que as coisas tenham chegado a este ponto não vai aliviar o que sentimos, mas tentar mudar atitudes que tiveram connosco também  não é uma opção. Voltámos ao mesmo. Optamos por nos afastar e esperar... que a maneira que escolhemos para viver, nos deixe viver dessa maneira. Ou então não... e decidimos tudo outra vez!

segunda-feira, 29 de novembro de 2010

O Special One...ficou em Madrid

Estou chocada! O Mourinho perdeu 5-0 no clássico espanhol. Sim, porque o jogo não foi entre o Real Madrid e o Barcelona, foi entre o Mourinho/Cristiano Ronaldo contra o Barcelona. Ao que parece a chuvinha de golos começou logo aos 10 minutos para aquecer e depois foi só ver as bolas a entrar. Na verdade não sei por quem hei-de estar mais triste. Pelo Mourinho que é um Senhor e que merece toda a admiração, porque o homem é só feitos, ou pelo Casillas que, valha-me Deus...(falta de ar!!), merece tudinho de bom e quando lhe ponho os olhos em cima faço mesmo gosto que as coisas lhe corram bem. Aposto que deve estar realmente triste, mas quero ter cá para mim, que quando chegar a casa a namorada trata-lhe do desanimo num fechar de olhos! 
Quanto ao Cristiano, não se me apraz dizer nadinha. Tenho uma grande embirração com ele. Pode ser muito bom jogador e muito bom a fazer fintas e a comprar carros e a comprar, ups, a fazer filhos, mas não... que é daquelas pessoas que não!
E pronto, é assim a vida. Os adeptos do Real Madrid voltaram para casa muito chorosos e humilhados e o Mourinho, com os seus meninos, voltam para as suas mansões de luxo em bairros exclusivos de meninos da bola.
Pelo menos o meu Benfica no geral perde sempre, por isso quando ganha é uma alegria, quando perde é só um hábito!

As palavras

Sempre que a minha cabeça começa a fervilhar a primeira vontade que tenho é pegar numa caneta e escrever. Por preguiça nunca o faço, mesmo sabendo que passado poucos segundos aquela clareza de ideias se perde. O problema é que as palavras nascem dentro de mim sem autorização e há sempre alguma coisa cá dentro que acciona o botão das teorias que eu nunca consigo desligar. Não há nada que eu consiga pôr um travão e diga "isto não tem explicação, cala-te" ou "isto é assim, aceita-o". Só quem é assim, com a mania dos porquês, percebe como tanto esmiuçar é cansativo e desgastante. Principalmente quando as respostas que procuramos é sobre nós, sobre as nossas atitudes, os nossos comportamentos, o medo de errar e de decepcionar.
Não é difícil encontrar palavras quando precisamos de respostas, o problema é chegarmos a uma conclusão real, sensata e verdadeira. Ou se simplifica ou se complica... e eu nunca fui dada à simplicidade. Já desde pequenina que ouço a minha mãe dizer "tu andas sempre com os ponteiros do relógio ao contrário" e é bem verdade.
Isto tudo para chegar à conclusão que cedi! O meu arquivo cerebral já não aguenta tanta palavra, tantos pensamentos, tantas teorias, tantas conclusões, tantos momentos sem que os comece a soltar. Pode ser que assim eles se tornem menos importantes, ou mais reais mas que ganhem vida e... me libertem!