segunda-feira, 28 de fevereiro de 2011

And the winner for most beautiful couple is...


Penelope Cruz que respira sensualidade, sex apeal  e elegância por todos os poros. Porque é uma excelente actriz e que fica maravilhosamente bem ao lado do Javier Bardem, que é ma-ra-vi-lho-so! Que fiquem juntinhos para lá dos noventa aninhos, sim?

Os melhores. Os preferidos. Os «eu quero um igual».

Foram estas quatro relíquias que me fizeram arregalar os olhinhos. Queria-os a todos no meu corpinho. Awesome!

O que dizer... é um dos meus estilos favoritos. Adorei o da Olivia Wilde e agora, adoro este também! Não mexe mais que está perfeitinho.
Tão diferente e tão glamouroso!

Adoro a cor. Adoro o porte. Adoro o peito. Adoro a elegância. Adoro-a a ela!

Eu sei, é muito simples, é muito clássico, é muito básico, mas é a Reese e ai de quem fale mal dela!

Os vestidos mais horrorosos- Parte II

Acho que nem para um funeral...
Três palavrinhas: me-do-nho! E o cabelo? Acabado de sair do chuveiro...
A parte dourada parece os fios de abertura fácil dos plásticos. Quanto mais olho para a Sunrise, mais tenho a sensação que é para puxar e desenrolar!
Eu toda sou um tapetinho felpudo! Que quentinha que estou!
Oh Mrs Firth, estava-se mesmo a ver que o maridinho iria ganhar o Oscar. Não haveria um vestido menos parecido com um pavão, do que esse? Para que é esse tule colado no rabo, hum? Ai, ai, ai!
Não sei por onde comece. Se pelo padrão de fugir, se pelo plissado, se pelas luvas de rede. Socorrinho!
O drama, o horror, a tragédia!

«Peço desculpa por existir. Prometo que não vão dar por mim.» Mas que cor de cocó é esta? Que coisa mais deslavada!

Pronto. Já chega. Os meus olhos não merecem mais tortura. Acho que estes representam bem a decadência da red carpet dos últimos anos. 
Querida Audrey Hepburn, se me estás a ouvir, tu que és o ícone supremo da elegância, ajuda estas pobres criaturas.


OSCARS 2011: Os vestidos mais horrorosos- Parte I

Esta madrugada foi a noite dos Óscars. Já à muito que esta noite deixou de ser apenas o reconhecimentos de grandes filmes, como passou a ser a noite de grandes estrelas vestidas por grandes costureiros. A noite em que se desfila autênticas obras de arte. Ou então não! 
Nos últimos anos, o desfile da passadeira vermelha tem entrado em decadência total com vestidos medonhos. Aquela ideia de mulheres lindas dentro de vestidos de babar, que marcaram uma década, já não existem. Até as próprias protagonistas que marcaram um estilo, em determinado momento da passadeira vermelha, parece que ficaram desprovidas do bom gosto que outrora tiveram. Como a Heidi Klum. Quem é que não se lembra daquele vestido vermelho comprido lindo, que ela usou na cerimónia de 2008? Agora é a decepção total. Quase que dá para fazer um antes e depois. Nos últimos globos de ouro parecia que ia passar a tarde à piscina, e a noite passada parecia que tinha saído de um cabaret! Mas como ela há mais. Desprovidos de bom gosto, de estilo, de classe, de noção, sem cor, sem brilho, sem tudo! E palavra que não entendo este fenómeno. Esta gente tem dinheiro que nunca mais acaba, podem mandar fazer qualquer vestido do mundo, têm à sua disposição os estilistas mais talentosos, podem comprar os serviços da melhor especialista em imagem... porque raio insistem em fazer figuras destas??
Ora cá vai a amostra de 2011 de "Como fazer dos cortinados lá de casa o pior modelito."
Que coisa tão mal amanhada! Para que é o laço atrás? As pegas de lado ainda não eram pirosas o suficiente?
Custa-me muito dizer mal de uma Senhora como a Annette Bening, mas ir de camisa de dormir aos Óscars, não é coisa que favoreça ninguém!



Eu até assumo que não percebo nada de moda. Ao ponto da Vogue considerar a Cate Blanchett uma das mais bem vestidas, e eu olhar para ela e achar que parece um cupcake. Mas lá está, eu não percebo nada de moda!


Assim de repente, parece-me uma esfregona!

Folhos com rendas já é mau. A juntar ao amarelo não sei como qualificar!
Esse tule! Ai esse tule, valha-me Senhor!

Que colete à Gladiador é este, Senhora?!!
Usar um vestido sem lugar definido para as mamas, em que elas têm que se contentar praticamente com as alças é mau de mais!
Corte mau. Padrão mau. Tudo de mau.
Vim à Zebra e com muito orgulho!
Ah, são os Óscars? Pensei que ia jantar ao Elefante Branco!
Vestido inspirado nos papéis de embrulho dos Ferrero Rocher!
Horrível, horrível, horrível... e disléxica!
Só me consigo lembrar daqueles papéis/ naprons que vêm dentro das caixas com os bolos
Parece as escamas dum peixe! Credo!

Helena Bonham Carter, no que diz respeito à moda, já não espero nada de si.

sexta-feira, 25 de fevereiro de 2011

E assim começa o fim-de-semana

Sexta-feira chegou! Não é que eu tenha tido uma semana muito cansativa, mas as sextas-feira deixam-me sempre contentinha! E há lá maneira de começar melhor estes dias, do que ver o Sherek I pela quarta vez? Pois claro que não. Bom fim-de-semana Tulipinhas! 

quinta-feira, 24 de fevereiro de 2011

Meu rico nariz

Acordar com uma grande comichão e picadas na narina, não é uma boa forma de despertar. E, a primeira vez do dia que se olha ao espelho, vermos uma narina completamente vermelha e inchada também não é coisa que nos deixe bem disposta! Diagnóstico, um herpes a nascer. Logo eu que, na vida toda, nunca tive herpes. Querido organismo, tens me dado trabalho que se farta. Já te recompunhas e paravas de me dares preocupações. Orienta-te se faz favor!

terça-feira, 22 de fevereiro de 2011

Acupuntura- parte I

Amanhã vai ser a segunda vez que me vão espetar dezanove agulhas e eu contente por isso. 
À duas semanas decidi ir a uma consulta de medicina tradicional chinesa, depois da minha médica de família que é uma querida e de quem eu gosto muito, dar-me sempre a mesma resposta para uns valores alterados que vieram nas análises. Que ou era genético ou que era do sistema nervoso. E que tinha que me habituar. Bem, talvez seja genético, talvez seja do sistema nervoso e talvez até seja uma junção dos dois, o que é certo é que haviam sintomas físicos que começaram a interferir na minha qualidade de vida, nas minhas decisões, nas minhas refeições e até no meu humor. Mandarem-me fechar a boca para não irritar a minha vesícula, não transtornar o meu colesterol e os meus triglicerídeos, quando peso 45kg e já sou super atenta à alimentação, não achei que fosse uma boa opção. Ou pelo menos, que as coisas se resolvessem, por si só. 
Apesar de ser uma rapariga de ciências, perceber da área de saúde, apesar de eu ser mais ossos, músculos e tendões, consigo ter noção quando o meu corpo não está a 100% e precisa de ajuda para se recompor e ganhar energia. E foi exactamente para pôr fim a um estado de receios e nervosismos, que fui direitinha bater à porta da clínica do Dr. Pedro Choy. Foi um médico, com o tom de voz mais calmo que alguma vez ouvi, que me fez a consulta, e que me fez as perguntas mais hilariantes que alguma vez estava à espera de responder num gabinete médico, e que me disse que realmente não estava doente, mas que se não me tratasse iria ficar. Segundo ele, e com toda a lógica para mim, aos olhos da medicina ocidental só é considerada doença quando os meios de diagnóstico mostram que o órgão está anatomicamente alterado e daí advém a patologia. Contudo, segundo ele, antes do órgão ficar com a mazela, dá sinais que não está a trabalhar eficientemente e é aí que se previne a doença. É restituir ao órgão toda a sua actividade funcional normal para que ele não adoeça. Entre perguntas e respostas, passou-me um guia de tratamento que consiste na famosa Acupuntura com uns frascos de gotas para tomar antes de todas as refeições.
Devo dizer que comecei a tomar as gotas à duas semanas e que no segundo dia já sentia melhoras e alterações fisiológicas. Na semana a seguir, a começar o tratamento das gotas, comecei a Acupuntura e sou obrigada a reconhecer que há diferença da minha pessoa antes das agulhas, para o pós-agulhas. A minha energia, o meu humor, a minha descontracção, para não falar na minha vesícula, no meu trânsito intestinal, no meu estômago, estão como já não me lembro deles...fantásticos! E não sou eu só que digo, mas toda uma série de gente que convive e coabita comigo. Ainda vou no primeiro ciclo de Acupuntura e ainda tenho muitas sessões com agulhas espetadas, mas se ao fim da primeira sessão já vejo melhoras, daqui a meio ano estarei impecavelmente saudável o que muito me alegra o coração. 
Quando eu disse que iria renascer estava mesmo a falar a sério. Serei outra, a começar de dentro para fora!

Cem euros mais pobre, ou como o Estado não aplica o dinheiro nos lugares certos!

Voltei, mas com cem euros a menos na conta. É nestas alturas que adoraria que me definissem o conceito de estado social. Porque acabei de pagar noventa euros, por uma das três doses, da vacina contra o cancro do colo do útero, vacina essa que tem um preço completamente estúpido e ofensivo para qualquer mulher. 
Tendo em conta que a segunda causa de morte na mulher é o cancro do colo do útero, depois de a primeira causa ser o cancro da mama, acho indecente ter que se pagar 270 euros por uma vacina que tem como finalidade proteger o nosso corpo de ficar doente. Acho que a partir do momento que há algo que nos ajuda a ficar protegidas de doenças tão mortíferas como um cancro, ter que pagar centenas de euros para ter acesso a essa protecção, é qualquer coisa que me indigna. Bem sei que até aos dezassete anos a vacina é gratuita por fazer parte da vacinação obrigatória, mas depois dessa idade a vacina chega a custar cerca de 450 euros, dividida em três doses. Agora pergunto, quem não tiver possibilidade para gastar um salário mínimo assim de repente faz o quê? 
Assumo que não percebo nada de indústria farmacêutica, e até posso reconhecer que sejam aos milhões o que se gasta em investigação, mas não consigo deixar de achar completamente abusivo pagar por uma vacina centenas de euros. E é nesta parte que eu gostava que me explicassem porque é que o estado não contribui na comparticipação deste tipo de vacinas, que ajuda a salvar milhares de vidas, em vez de gastar o seu, leia-se nosso, precioso dinheiro em merdas sem jeito nenhum.
Depois da minha total indignação e uns minutinhos de conversa, com o farmacêutico da minha farmácia regular a dizer mal do estado e das indústrias farmacêuticas, resta-me o conforto de vir para casa, depois de uma consulta de rotina de ginecologia e saber que todos os meus órgãos situados a sul estão bem, felizes e recomendam-se.
Portanto assim no geral, consultas de rotina - check!

Exames de rotina ou, às vezes, os nervos à flôr da pele

Hoje vou à minha segunda consulta de rotina. Ontem fui à primeira. Todos os anos, mais ou menos por esta altura, faço alguns exames para ver se está tudo em ordem. Por norma está, mas de vez em quando apanho uns sustos. Isto para quem tem traços de hipocondríaca é uma chatice.
O ano passado foi o ano de detectarem coisas que eu nem sabia que tinha e outras voltaram, depois de tanto tempo sossegadas. Na verdade, o ano passado por esta altura foi uma merda. Sempre que estava em Aveiro tinha uma consulta ou um exame para fazer. No espaço de duas semanas, detectaram-me um prolapso mitral, uma vesícula preguiçosa, valores de análises alterados e uma asma crónica, o que sinceramente, me deixou um bocado em baixo, e muito sensível com tanta limitação. Com o passar do tempo fui aprendendo a relativizar, fui começando a separar cada diagnóstico e a perceber o impacto que podiam ter na minha vida. Por sorte, maior parte das situações são estáveis, não trazem problemas de maior e têm um remédio chamado ginásio. Não cura, mas controla.
Claro que aos vinte sete anos ter que fazer exames com tanta frequência, deixa-me apreensiva. Fico a pensar que se com esta idade estou assim, aos cinquenta sabe Deus. E depois olho para a minha mãe, que tem mais trinta anos que eu, e nada lhe pega. Não tem constipações, não se cansa com nada, tem imensa força física, tem uma genica que ninguém a segura, tem sempre as análises nos conformes e tudo e tudo e tudo. E ainda bem.
Como estava a dizer, ontem fui ao meu primeiro exame de rotina e dou por mim a fazer sempre a mesma coisa, a olhar para a cara da médica enquanto ela não tira os olhos do monitor. É óbvio que não consigo decifrar se o órgão que está a ser examinado, está impecável ou está pelas ruas da amargura, de qualquer maneira fico ansiosa com os olhos pregados na médica à espera que ela fale comigo. Às vezes, quando já não aguento tanto silêncio lá me sai o «está tudo bem Dra?», e naqueles breves segundos imagino a resposta dela e até tremo. Mas depois a resposta vem, e é boa, e é indescritível a sensação de tranquilidade que sinto. 
O exame de ontem já está feito e está bom. O segundo vai ser daqui a poucas horas e, se seguir sempre os padrões antigos, também estará. E depois, ginásio que é para manter tudo controlado. E se for sempre assim, querido prolapso mitral e querida asma, seremos os melhores amigos para sempre! Quanto ao resto, querida vesícula e valores alterados, estão com os dias contados!

sexta-feira, 18 de fevereiro de 2011

Receita para ser Feliz

Recebi um email, de alguém que é muito especial e importante na minha vida, com trinta e nove conselhos sábios. Em vez de o reenviar, decidi colocá-lo aqui para que possa ser consultado sempre que se queira. Sem riscos de que vá parar à reciclagem ou ao spam. Não direi para os memorizarem, mas a lê-los diariamente para que se possam enraizar e, daqui a uns tempos, deixar de ser uma lista para passar a ser um modo de vida.
Pessoalmente tenho muitos pontos para mudar e reconheço que vou ter algumas dificuldades em alterar alguns comportamentos mas como me comprometi, no princípio do mês, em ser uma pessoa melhor tentarei pôr em prática se não todos, pelo menos os indicados conforme as situações. Leiam e... sejam Felizes!

Manual para 2011- Receita para Ser Feliz

Saúde:
1. Beba muita água;
2. Coma ao pequeno-almoço como um rei, ao almoço como um príncipe e ao jantar como um pedinte;
3. Coma o que nasce em árvores e plantas, e menos comida produzida em fábricas;
4. Viva com os 3 E's: Energia, Entusiasmo e Empatia;
5. Arranje tempo para rezar;
6. Jogue mais jogos;
7. Leia mais livros do que leu em 2010;
8. Sente-se em silêncio pelo menos 10 minutos por dia;
9. Durma 7 horas por dia;
10. Faça caminhadas de 10-30 minutos por dia, e enquanto caminha sorria.

 
Personalidade:
11. Não compare a sua vida ao dos outros. Não fazes ideia de como é a caminhada dos outros;
12. Não tenhas pensamentos negativos ou coisas de que não tens controle;
13. Não te excedas. Mantém-te nos teus limites;
14. Não te tornes demasiado sério. Ninguém se torna;
15. Não desperdices a tua energia preciosa em fofoquices;
16. Sonha mais acordado;
17. Inveja é uma perda de tempo. Já tens tudo que necessitas...
18. Esquece questões do passado. Não lembres o teu parceiro dos seus erros do passado. Isso destruirá a vossa felicidade presente;
19. A vida é curta de mais para odiar alguém. Não odeies os outros.
20. Fazes as pazes com o teu passado para não estragares o teu presente;
21. Ninguém comanda a tua felicidade a não seres tu;
22. Tem consciência que a vida é uma escola e que estás nela para aprender. Problemas são apenas parte do curriculum que aparecem e se desvanecem como uma aula de álgebra mas as lições que aprendes perduram uma vida inteira;
23. Sorri e ri mais;
24. Não necessitas de ganhar todas as discussões. Aceita a discordância;

 
Sociedade:
25. Contacta a tua família amiúde;
26. Dê algo de bom aos outros diariamente;
27. Perdoa a todos por tudo;
28. Passa tempo com pessoas acima de 70 anos e abaixo de 6;
29. Tenta fazer sorrir pelo menos três pessoas por dia;
30. Não te diz respeito o que os outros pensam de ti;
31. O teu trabalho não tomará conta de ti quando estás doente. Os teus amigos o farão. Mantém contacto com eles.

 
A Vida:
32. Faça o que é correcto;
33. Desfaz-te do que não é útil, bonito ou alegre;
34. DEUS cura tudo;
35. Por muito boa ou má que a situação seja... Ela mudará...
36. Não interessa como te sentes, levanta-te, arranja-te e aparece;
37. O melhor ainda está para vir;
38. Quando acordas vivo de manhã, agradece a DEUS pela graça.
39. O seu interior está sempre feliz. Portanto seja feliz.


The Biggest Loser

Ando completamente viciada no Biggest Loser. Rio com eles, choro com eles, quando se pesam fico ansiosa como eles. É incrível, porque ao que parece, já vai na sétima temporada e só agora é que comecei a vê-la. Antes nunca me tinha despertado interesse, mas apanhei o princípio desta temporada e desde então não perco um programa. Nos poucos episódios que já vi, fico fascinada com as lições de humanidade a que tenho assistido e com o altruísmo de tantos concorrentes. Tenho ouvido as frases mais lindas dos últimos tempos, comovo-me sempre com a entreajuda e o carinho entre companheiros. Ainda não percebi muito bem as regras, e não dá para esquecer que é um jogo e uma competição, mas a mensagem de companheirismo, de compaixão e de espírito de grupo é muito mais presente que qualquer outro sentimento. Pelo menos é assim que eu vejo as coisas. Comovo-me imenso com todos eles, com a força deles, com a determinação que cada um deles dá aos seus companheiros. E tudo isto com intuito de perderem peso e se tornarem tão saudáveis quanto possível. Quem criou este programa, criou-o muito bem. Os concorrentes, pelo menos estes que tenho acompanhado, já me deram muitas alegrias e muita emoção! Os treinadores parecem-me impecáveis e até a apresentadora tem o protagonismo certo. Nem muito, nem pouco. Estou completamente fã deste conceito.
Não sei como será a edição portuguesa mas espero, sinceramente, que seja tão bem produzida e conseguida como a edição americana.

terça-feira, 15 de fevereiro de 2011

A vida com e sem farinha

Farinha. Assim de repente, é a palavra que me vem logo à memória para descrever os últimos dias! Acho que nunca comi tanta farinha em tão pouco tempo. Quando me sinto mais empanturrada, consigo imaginar a farinha toda dentro do meu corpo a borbulhar e a fermentar! Isto tudo porque este tempo não dá vontade de fazer mais nada, a não ser estar em casa a empanturrar-me de comida e a fazer experiências. Com esta brincadeira foi um pacote quase inteiro! O problema é que me soube mesmo muito bem o bolo de iogurte, que fiz para os anos de uma amiga, as panquecas que comi no brunch de domingo e os scones com compota que lanchei ao fim do dia. Claro que a partir de ontem fechei a boca e, até o jantar do dia dos namorados teve que ser redefinido para um pratinho mais leve, tipo legumes e legumes. E com queijo ralado, vá! 
Mas farinha e fermentos à parte, tive um fim-de-semana, partilhado com uma grande amiga, que me encheu a alma. Descontraído, com muita parvoíce, com muita conversa séria, com muitas gargalhadas, com muitos filmes, com muita consciência de como estamos perto dos trinta e de como isso nos assusta da mesma maneira que nos faz rir às gargalhadas. Só mesmo depois de muito sushi, cupcakes, caminhadas e uma excelente companhia, para me fazer chegar a segunda-feira com um sorriso na cara. Preguiçosa e arrastada, que só eu sei como sou de manhã, mas cheia de vontade para ganhar energia. E foi assim que começou a minha semana, descontraída. 
Eu disse que o princípio de Fevereiro era tão bom, quanto outro mês qualquer, para mudarmos o que não gostamos em nós. Pois que levei isso muito a sério. Que o meu coração merece andar sempre tranquilo, a minha mente calma e a minha alma serena. Às vezes não temos noção de como podemos ter esse efeito em alguém, mas são sempre essas atitudes desprendidas que nos ajudam a empurrar para a frente. Foi isso que a companhia da Di fez, empurrou-me para a frente. Mais um dia feliz, e depois outro, e depois outro. E o tempo vai passando. Porque é realmente um hábito e uma aprendizagem sermos felizes, respirarmos e sermos serenos.
Depois há quem assuma essa postura de vida de me empurrar, nem que seja à força, para a frente. Aquela pessoa que nós escolhemos para partilhar os nossos dias, em que nos abana, em que nos ensina a estender a mão e a pôr de lado o orgulho, que nos ensina a pedir ajuda de forma perceptível e não de forma bruta. Aquela pessoa que faz sempre toda a diferença, que nos faz querer ser a melhor pessoa do mundo, em que vê sempre o copo meio cheio e, mais importante, faz-me querer ver tudo da mesma maneira.
Amanhã começará outra etapa. E depois outra. E o que é a vida se não etapas, a conquistar umas atrás das outras?
Sim, foi um bom fim-de-semana. Afinal não é a farinha que descreve os últimos dias. É a felicidade!

segunda-feira, 14 de fevereiro de 2011

I can't take my eyes of you

Sempre fui uma sonhadora incurável. Com a cabeça cheia de fantasias. Sempre acreditei que quando conhecesse o amor da minha vida, iria intuir de imediato. Que olhava e sentia. Disseram-me que essa ideia era muito fairy tail. Talvez. Mas o que é certo é que quando olhei soube que o tinha encontrado!
Não foi um caminho fácil. Na verdade foi um caminho muito comprido, feito de muitos encontros e desencontros, caminhos paralelos, mas acho que sempre houve uma certeza cheia de esperança que um dia tudo mudaria. E um dia mudou. Assim do nada. Não foi amor à primeira vista, mas foi seguramente um amor que foi crescendo de muitas vistas. E de muita cumplicidade, brincadeira, toque e foge, carinho, admiração e tantas coisas, que ainda hoje sinto o coração cheio quando penso em tudo o que ele é. E quando me dá para os medos e receios, e penso que algum dia o poderei perder, fico com o estômago contorcido, o peito pesado com vontade de me agarrar a ele e enche-lo de beijinhos. Pedir-lhe desculpa por tantas vezes ser bruta, exigente, injusta e ser uma parva.
Não há dia nenhum que não me deite e não acorde com a certeza que não poderia ter encontrado melhor namorado, melhor companheiro de vida. Não há dia nenhum que eu não olhe para ele e não fique admirá-lo pela sua inteligência, a sua perseverança, a sua força, a sua determinação. Não há dia nenhum em que eu não inveje a sua descontracção, a sua meninice, a sua sabedoria em dissolver problemas como se eles nunca tivessem existido, a sua prontidão para tudo o que lhe for proposto. Não há dia que passe sem que eu reconheça a sua generosidade, o seu cuidado, a sua preocupação comigo, pela minha felicidade, pelo meu bem-estar. É certo que nem sempre lhe digo. Na verdade, deveria dizer-lhe muitas mais vezes o quanto sou apaixonada por ele, o quanto o admiro, como tudo só faz sentido se ele estiver lá. E como quero cuidar dele da mesma forma como ele cuida de mim, e como o quero fazer feliz como ele me faz feliz a mim, e como lhe quero desfazer os problemas como ele desfaz os meus, e como lhe quero matar as inseguranças como ele mata as minhas.
Acho que ele não sabe que ainda hoje, passado tanto tempo, sempre que sei que ele está a chegar a minha barriga pica e fica cheia de borboletas, e que o meu coração dispara quando ele se aproxima de mim. Como o deitar a minha cabeça entre o seu ombro e o seu coração é único lugar para onde me apetece fugir sempre que me sinto mais angustiada. Que sentir os seus braços enrolados nas minhas costas me dá toda a segurança do mundo. Como todos os instante que passo com ele me dá força de enfrentar o maior dos monstros da vida.
Nada do que poderei dizer ou escrever, será suficiente para agradecer tudo o que tenho guardado. Mas uma coisa eu posso prometer, que farei de tudo para que sejas feliz e o sintas todos os dias da tua vida!

sexta-feira, 11 de fevereiro de 2011

Canalizadores

Que acordei antes das 9h da manhã, para receber os dois senhores da EPAL que vieram cá a casa desentupir canos! Estou eu aqui, perdida de sono, descabelada, com uma amiga a caminho cá de casa e eu sem condições para a receber como merece, com a minha cozinha cheia de água e terra, com dois senhores aos gritos a dizer «abre e fecha». São uns simpáticos e uns brincalhões, que são mas, quando olho para o estado da minha cozinha e como ela há-de ficar depois de eles fazerem o trabalho é que a minha boa disposição se vai embora. Isto se aquilo que eles estão a fazer der resultado. Se não lá vou eu ligar para o condomínio dizer que o prédio precisa de uma canalização nova, em especial os canos que vêm para a minha casa! Ai senhor que ainda são 10.30! 
 Se ao menos fossem iguais ao Delfino! 

quinta-feira, 10 de fevereiro de 2011

Decisões que não deveríamos ter que fazer

 
O que é que fazemos quando temos que decidir entre a mente e o resto do corpo?

terça-feira, 8 de fevereiro de 2011

Cidadania, onde andas tu?

Morar em sociedade, pelos vistos, é algo que nem todas as pessoas têm muito jeito para fazer. O que é triste, porque devia ser algo inato. Começa-se a perceber isso quando os comportamentos das outras pessoas nos incomodam. Sempre me disseram que o ser humano é naturalmente egoísta, e eu juro que batalho contra essa ideia pré-feita. Mas o que é certo, é que no dia-a-dia deparo-me com atitudes completamente estúpidas de pessoas com idade para usarem a cabecinha. É muito fácil começar a discutir a falta de cidadania, para se começar a falar em má educação, má formação e por aí fora. São características que roçam umas nas outras muito facilmente. E esta conversa toda para quê, perguntam vocês! Porque eu de vez em quando, lá tropeço em pérolas de pessoas que se esquecem que mora mais gente neste mundo para além delas. 
Mais de metade da minha vida morei em apartamentos, mas não sei se antes me passava tudo ao lado, ou se grande parte destas atitudes não existiam, ou se a educação das pessoas é mutável à medida que o tempo passa. Não tenho explicação. Só sei que grande parte dos meus vizinhos, tanto de Aveiro como de Lisboa, tem atitudes de bradar aos céus, e não fosse a minha boa educação, deixava fluir a minha veia que ferve em pouca água e não sei o que seria. 
Por exemplo, os meus vizinhos do prédio de Lisboa são pessoas que desconhecem caixotes de lixo. Eu que moro no rés-do-chão é frequente, no patamar em frente à minha porta de entrada, ter o chão com lixo. E porquê? Porque as pessoas que moram nos andares de cima, ao descer as escadas, têm muito a mania de mandar cá para baixo o que lhe der na real gana. Se vierem a comer laranjas, mandam as cascas, se vierem a comer rebuçados, mandam os papéis e se vierem a fumar, mandam as beatas. Ora como são cinco andares para cima, com dois apartamentos em cada lado, eu não consigo a adivinhar quem é a pessoa porca que na casa dela põe o lixo no chão. Sobra-me ligar para o condomínio fazer queixa, e passado uns dias, vejo uma circular nas caixas do correio a chamar a atenção. Mas há mais casos, que isto o que não falta é variedade de gente estúpida. Houve um dia, do mês passado, que cheguei a casa e não tinha água. Liguei para os serviços e qual não é o meu espanto, quando me informaram que um vizinho pediu que se desligasse a água durante o dia todo por estar em obras. Nada contra, se tivesse avisado com antecedência. Mas não avisou ninguém, das cerca de quarenta pessoas, que moram no mesmo prédio que ele. Portanto eu quando cheguei a casa, não pude fazer de comer, não pude beber água, não pude tomar banho até o senhor decidir que a água podia ser ligada! Agora cá entre nós, isto não era resolvido só ao estalo?? Pois era! Ah, e não vou falar dos meus vizinhos de cima, que até eu começar a chamar a polícia todas as noites e ameaça-los com tribunal, aquilo era a rambóia a partir da  uma da manhã. Ao ponto de receber amigos às tantas da noite, que se enganavam na campainha, e tocarem de madrugada para a casa do lado, onde mora um casal de velhinhos. Uma vez, quando fui lá armada em cão raivoso, um dos gajos respondeu-me que era jurista! Não percebi muito bem o que isso queria dizer, tendo em conta que eu mandei desligar a música por serem duas da manhã. Mas nada que uma queixa por escrito na polícia e no condomínio, e uma carta de ameaça de despejo não resolvesse. Ele lá deve ter ido ler aos livros dos juristas a carga de trabalhos que aquilo lhe ía dar.
Agora em Aveiro, a minha terra santa onde se me alegra o coração sempre que venho para casa da mamã, as coisas também não são das mais fáceis. O apartamento do prédio ao lado do meu, que divide as paredes com o meu quarto, são uns barulhentos do caneco. Quantas vezes estou eu no meu quarto a ouvir as conversas, do outro lado da parede, como se estivéssemos todos ali sentados na minha cama a confraternizar. Durante anos e anos da minha vida nunca ouvi um pio, mas de à uns meses para cá ouço de tudo. Depois temos a minha querida vizinha de baixo que se pudesse estrafegava-lhe o cão. E a ela também, vá! Quem mora neste prédio desde que foi construído à uns quinze anos, tipo eu e grande parte dos vizinhos, acordaram que não era permitido cães por causa do barulho. Pois este casal de alminhas, que vieram para cá à pouco mais de um ano, têm um cão a pilhas que tem tanto de feio como de irritante. E a dona também. Começou logo por implicar com os moradores dos andares de cima, que ao estenderem a roupa molhavam os parapeitos das  suas janelas, coisa que ela não gostava!!! O parapeito, esse grande ícone da decoração de uma casa, que tanto quanto sei fica do lado de fora de uma janela. Mas pronto, a senhora não gosta do parapeito molhado,- sabe Deus a crise de nervos que não terá quando chove,- mas não se preocupa com o estúpido do cão que passa a vida a ladrar sejam duas da manhã, sejam duas da tarde. Uma pessoa sobe as escadas ele ladra, uma pessoa entra no prédio ele ladra, uma pessoa está em casa a querer silêncio, e ele está a ladrar. Ora isto não dá vontade de lhe passar com um roda por cima quando o encontrar no estacionamento? Ah pois dá! Chama-se doença do pneu, e tenho cá para mim que este maldito cão, não tarda nada vai ser diagnosticado com uma doença dessas. Ai vai, vai!

segunda-feira, 7 de fevereiro de 2011

Black Swan- Awesome

Andava em pulgas para ir ver o Cisne Negro. Pelo ballet e por ser um filme com a Natalie Portman, que é daquelas actrizes que eu vejo tudo sem questionar. A questão é que eu ainda não tinha lido a história nem visto o trailer , nem tão pouco me tinha apercebido do realizador, por isso entrei na sala de cinema com uma ideia muito romântica do filme. Não sei se pelo ballet, se pela doçura da Natalie não imaginava o filme que vi, com tantos apontamentos de terror. Já foi ontem e ainda estou meia abananada, mas duas coisas são certas: o filme está maravilhosamente realizado, com pormenores e apontamentos geniais, e se a Natalie Portman não ganha o Óscar é a escandaleira e o júri da Academia deveria ser todo despedido! 
Correndo o risco de ser apedrejada em praça pública, aqui me confesso que não conhecia o realizador Darren Aranofsky, de quem não sei se ficarei fã dos outros filmes dele, mas tenho que assumir que é um homem com uma visão completamente à frente do normal. É genial os apontamentos que ele coloca nas cenas e em todo o filme. São dezenas os pormenores que ganham vida própria e torna o filme com uma grande dimensão psicológica. 
Ah, e como sou gaja, não posso deixar passar em branco o guarda roupa e a caracterização. Aquele vestido branco lindo que ela usou na sua apresentação à Companhia, e a caracterização quando dançou o Cisne Negro foi qualquer coisa de ma-ra-vi-lho-sa



O mundo pula e avança

Há fins-de-semana que são uma pasmaceira. Onde não se passa nada de especial e aproveitamos os dias para andarmos a rastejar entre a cama e o sofá e pouco mais. 
Pois este fim-de-semana, foi cheio de emoções. Ele foi tomada de decisões importantes, ele foi uma reconciliação sentimental, ele foi uma boa conversa com a amiga de infância, ele foi a descoberta de um sítio muito chill out, ele foi uma noite de sábado muito bem passada com um grande amigo, ele foi pedidos de casamento (em que um deles é inequivocamente especial), ele foi almoços de família, ele foi um filme visto no cinema que me deixou a respiração em suspenso, ele foi um final de domingo cheio de carinho!
Resumindo, um fim-de-semana daqueles que nos relembra como é bom existirmos. Conquistas e mudanças, e o mundo continua a girar.

quinta-feira, 3 de fevereiro de 2011

E ainda são 11 horas

Isto de começar o dia logo às 8 da manhã com a notícia que o quadro da luz da minha casa de Lisboa deu o fanico, quando eu estou em Aveiro é uma coisa altamente fantástica. Assumo que fui extremamente antipática com a senhora que me atendeu da linha da edp. Acordar às 8 quando uma insónia dos diabos só me deixou adormecer às 4 da manhã, e saber que tinha as contas todas em ordem e todo o prédio ter luz menos a minha casinha, e eu a 300km de distância, é todo um conjunto de factores para me deixar logo de mau humor. E irracional, também. O assunto continua por resolver, até um técnico passar lá por casa que pode ser coisa que só aconteça às oito da noite. Meu rico frigorífico, se me estiveres a ouvir, mantém-te firme, fechadinho, fresquinho e toma muito bem conta de todos os meus iogurtes, das almôndegas da mamã, da caixinha de petit gâteau e vá, de tudo o resto.
E, como uma tristeza nunca vem só, toca eu de sair da cama mais cedo do que queria para ir tirar sangue. Esta minha rotina de 3 meses, para ver se o meu colesterol e os meus triglicerídeos se mantêm nos valores em condições e não se passam da marmita, é razão para os meus braços se zangarem comigo com frequência. Eles é que não podem, se não andariam à chapada com o meu fígado e com a minha vesícula por serem tão preguiçosos e não fazerem o trabalho deles em condições. 
E é assim a minha vida. Um quadro da luz doente, um corpo em que alguns órgãos andam zangados com outros e quem se lixa sou eu.
Vou me ali enfiar na cama até à uma da tarde e já venho!

Apenas mais uma opinião sobre o homicídio em Nova Iorque

A semana passada, li no jornal o Sol, a entrevista que a mãe do Renato deu sobre o homicídio de Carlos Castro. Sinceramente, mesmo que não queira ter opinião, mesmo o alegada homicida ter confessado o seu crime, e na certeza de que nunca ninguém saberá exactamente o que se passou dentro daquele quarto, não consigo ficar indiferente à angústia desta senhora. Depois de ter lido a entrevista toda, fiquei com uma pena enorme desta mãe, e eu própria senti-me muito angustiada.
É incrível, como a vida de dezenas de pessoas pode mudar quando se toma uma atitude errada. Quando se escolhe o caminho a em vez do b. Como uma pessoa fica tão vulnerável a tantas circunstâncias que pensamos que podemos controlar e depois tudo se precipita para um caminho oposto. A ironia de acontecimentos ditados por segundos, inconscientes, cegos, confusos e que fazem sempre toda a diferença. 
É quase impossível não se formar uma opinião do crime em si e, sendo uma das vitimas uma figura conhecida, também é complicado não se formar um juízo sobre essa pessoa. 
Pessoalmente, não gostava da postura do senhor, simplesmente porque nunca gostei e continuo a não gostar de pessoas que ganham a vida a esmiuçar e a alimentar curiosos da vida de terceiros, e que tenham especial prazer em incendiar a vida de tantas pessoas publicamente conhecidas. Também sou da opinião que um homem de 65 anos querer ter uma relação com um rapaz de 25, não é propriamente algo muito saudável. E não digo isto por serem dois homens. Se fosse uma mulher/homem de 65 anos com um rapaz/rapariga de 21 continuava a não achar, como efectivamente, não acho. Mas mesmo perante tudo isto, acho que foi uma morte medonha e demasiado! Li a confissão do rapaz que veio impressa numa revista e não tive como não me arrepiar.
Por outro lado, vejo um rapaz aparentemente normal, saudável da cabeça, bem formado, que ao tomar uma decisão mudou toda a sua vida e de todos os que fazem parte dela. Não sei como é que se deixou envolver afectivamente por alguém, que à partida parecia não  lhe despertar interesse, não percebo como é que uma pessoa tão atinada se deslumbrou por um mundo tão efémero e vazio que é a fama, não consigo perceber porque é que não manteve a sua conduta que todos dizem, até então, ter sido irrepreensível. De qualquer maneira, e não servindo de todo de desculpa, um rapaz de 21 anos nesta geração, a viver este mundo, não tem a maturidade de um rapaz de 21 anos à vinte anos atrás. O facilitismo, o mimo, a protecção dos progenitores face à sociedade em si, tornam o crescimento interior muito mais atrasado em relação à idade física. Para mim um rapaz desta idade, é um miúdo. Uns mais ingénuos que outros, uns mais espevitados que outros, mas ainda assim, garotos. Contudo, continua a ser um mistério como é que uma pessoa com características, valores morais e educação tão correctas, se envolve numa situação destas ao ponto de ser o autor da morte de alguém. Uma vez ouvi uma entrevista de um criminologista conhecido do nosso país, que disse qualquer coisa como: "todos podemos escolher a nossa conduta, todos podemos comprometer-mo-nos que seremos pessoas honestas, honradas, que nunca roubaremos, que seremos bons cidadãos, mas há uma coisa que nunca ninguém poderá garantir, é que nunca matará. O ser humano, em determinadas situações não controladas, o matar é uma hipótese." Ter esta consciência de que cada um de nós, em determinadas circunstâncias, não está livre de cometer uma loucura destas, sendo a nossa vida, uma vida de decisões, opções, de abrir portas, de livre arbítrio, é realmente assustador! E ter acontecido a uma pessoa portuguesa, uma situação a que estamos habituados apenas a ver em filmes, dá uma credibilidade e uma proximidade à história que ainda me arrepia mais.
Continuo a dizer que dificilmente se saberá toda a verdade do que se passou entre aquelas paredes, e tendo de facto o rapaz cometido o assassinato, terá de ser punido por isso. Mas essa possibilidade, totalmente justa e correcta, não deixa de me apertar o coração. E o olhar daquela mãe, é algo que me custa muito a suportar. Esta história não tem desfecho bom possível. Será sempre um homicídio onde haverá uma condenação. Mas que seja tão justa quanto possível, com direito a uma defesa competente, e se for possível, que seja cumprida no país onde nasceu, em que não esteja privado da presença da família e de uma mãe, que já tem o desgosto de ver o seu filho transformado noutra pessoa, não precisa de ser impedida por um oceano inteiro.

quarta-feira, 2 de fevereiro de 2011

Sometimes I think too much

O dia 2 de Fevereiro é tão bom, como o mês de Janeiro, para fazer planos e mudanças. Hoje é o dia que tudo muda. E vou virar a pele para dentro e a carne para fora, se tiver que ser. As coisas vão ser diferentes e para melhor.


Controlar a mente. Controlar a mente. Controlar a mente. Controlar a mente. Controlar a mente. Controlar a mente. Controlar a mente. Controlar a mente. Controlar a mente. Controlar a mente. Controlar a mente. Controlar a mente. Controlar a mente. Controlar a mente.

terça-feira, 1 de fevereiro de 2011

Transfusão emocional

Estou para aqui com a janela de texto aberta à minutos. Não sei o que quero escrever, mas sei que quero. Ou pelo menos tenho aquela sensação de peso no peito em que só me apetece vomitar. Não sei é o quê. Se as frustrações, se as tristezas, se as dúvidas, se as inseguranças, se os medos, se a revolta, se a confusão. Na verdade o que preciso mesmo é de uma alma nova. Limpinha, purificada, onde possa voltar a colocar tudo o que quero sentir no sítio certo. E livre do que não quero. A confusão é daquelas coisas que põe qualquer pessoa abaixo. Ou melhor, a mim põe-me completamente abaixo. Até posso saber o que quero, mas faço um raio duma confusão aonde devo procurar ou de onde devo esperar. Nunca sei se é de mim, se é de alguém. Nunca sei se estou a exigir aos outros aquilo que deveria exigir de mim. Nunca sei quando devo parar de dar, para dar espaço e oportunidade que me dêem aquilo que eu quero. Vivo num raio duma insatisfação permanente, sempre virada com os pés para cima e com o coração no chão. Pior, nunca sei se aquilo que quero tem tanta importância como eu lhe dou! Preciso de uma alma nova. Preciso de um coração novo. Preciso de uma transfusão emocional. E preciso sobretudo de parar de magoar. O tamanho das coisas tem muito a ver com o nosso tamanho em relação a tudo o que nos cerca. E eu sinto-me muito pequenina!