sexta-feira, 15 de julho de 2011

Do Ministro das Finanças


Sou, desde ontem, uma admiradora do Ministro das Finanças. Não tanto pelo corte do subsídio de Natal (apesar de ser necessário), mas pela calma, serenidade, educação, respeito, cordialidade e dignidade que teve e tratou todos os jornalistas na conferência de imprensa, bem como todos os cidadãos que o estava a ver. A disponibilidade de uma hora para responder a todas as perguntas, em directo, sem serem escolhidas, a que deu respostas claras e sem subterfúgios, deixou-me muito esclarecida enquanto telespectadora. O agradecimento individual a cada pessoa que lhe colocava questões e a maneira educadíssima com que tratava quem o interpelava, valeram-lhe o meu respeito e, estou certa, de muitas pessoas que já estavam fartas de autoritarismo.
Numa sondagem feita ontem, foi admitido por mais de metade dos Portugueses que não só aceitam o imposto de 3,5% como o acham boa ideia. Em termos técnicos não posso ter opinião, porque não tenho conhecimento na área, mas sei que pela forma como foi explicado e pela a atitude da parte do Ministro das Finanças, foi essencial para a aceitação da medida. 
Pela primeira vez vi na televisão um esclarecimento realmente esclarecedor, com uma atitude respeitosa como nunca tinha visto, desde que me lembro de assistir a debates e conferências de imprensa. O que antes era arrogante e parecia uma praça de touros, agora tem a dignidade que uma República e Democracia merecem. E assim, a bem, Portugal vai lá. Aleluia!!

(Des)Amizades

Não é preciso ser a Paula Bobone para se ter noção que quando se é anfitriã de uma festa, é de boa educação dar-se atenção a todas as pessoas. Partindo do princípio que entre a pessoa que convida e os convidados existe um sentimento de afectividade, acho de muito mau gosto em que durante a festa não se dê o mínimo de atenção a uma pessoa, ao ponto dessa pessoa se sentir a mais na festa. Quando um convidado tem vontade de se vir embora do sítio, porque se sente desconfortável e completamente a "nadar" no meio do acontecimento, a única coisa que me passa pela cabeça é que a pessoa que convidou o que gosta é de fazer número. Porque na prática dá atenção a um grupo de três ou quatro, que deve ser o grupo da moda no momento, e as outras pessoas que convidou, que foram pelo carinho e, essas sim, pela amizade, se calhar mais valia não terem ido.
Acho que acontece com todos, à medida que o tempo passa, as pessoas afastarem-se mais de umas pessoas que outras, deixar cair algumas relações que antes eram mais próximas ou até estreitarem laços com alguém que antes não tinham afinidade. O que me incomoda mesmo, são aquelas pessoas que tratam a Amizade por modas. Ora hoje é muito amiga deste, amanhã é muito amiga daquele, para a semana é a melhor amiga de alguém que conheceu à três dias e já não se largam, e vai assim somando pelo caminho pessoas que vão sendo usadas conforme os gostos. Claro que há sempre uma ou outra constante. Mas o desprendimento com que larga uma pessoa, a leveza como desfaz um grupo, a arrogância como decide quem continua a fazer parte do mesmo grupo ou não, a manipulação de pessoas, o desinteresse da tristeza que provoca à pessoa que foi posta de parte do dia para a noite sem nunca ter decidido coisa alguma. Com que direito se desfazem memórias, vivências, horas e horas de ajuda, de conselhos? 
Os da psicologia dir-me-ão que são pessoas muito carentes, que precisam de muita atenção, que abandonam as outras pessoas para elas não serem abandonadas ou desiludidas. Uma merda, é o que é. Porque estamos a falar de pessoas lúcidas, que se não gostam de ser abandonadas, não deviam abandonar. E a facilidade com que cortam laços, não querem carinho, querem é ser o centro das atenções. E, pessoas com estas atitudes a mim irritam-me. E vai daí, por estar fartinha de perceber e desculpar, há um dia que se corta o mal pela raiz. Há-de acontecer o mesmo a quem aceita convites para se sentir um peixe fora do aquário.

Na agricultura


Desde pequena que planto couves e apanho batatas. Para grande alegria dos meus avós transmontanos, sempre adorei meter as mãos na terra e lavar os pés numa mangueira. Coisa que só acontece quando lá estou, porque convinhamos que morar em apartamentos, o único quintal que se pode ter só se for de cimento onde fica a varanda. Ora que vai daí, sempre que o namorado me pede ajuda para fazer coisas no quintal da casa dos pais eu, que sou uma fixe, digo logo que sim. Então ontem fui plantar Mirtilos. Não foram plantados directamente na terra por ainda não estar lavrada, mas arranjou-se um esquema num grande tubo e foram plantados lá. Foi-me explicado tudinho o que deveria fazer e em menos de nada pus tudo como deve de ser. Só couberam vinte, ainda faltam oitenta. Fiquei orgulhosa de mim, quando olhei para o tubo de quase três metros, e constatar que fui eu que plantei aquelas pequenas raízes. Dava era um jeitaço se o filho-da-mãe deste vento e frio se pusessem a andar depressinha e o verão voltasse. Seria uma agricultora de cabelos soltos e mãos na terra, muito mais feliz. Ao invés de cabelos nos olhos e terra nos dentes!

quinta-feira, 14 de julho de 2011

Plano de Treino- 10km

Eu sou uma gaja molenga, que sou. Primeiro que arranque é uma vida. Arrasto-me, invento desculpas e, por mais vontade que tenha de fazer alguma coisa, quando chega a altura, assola em mim uma preguiça maior que o meu rabo. E é por isso que, desde que comecei a ver o Biggest Loser, dizia que queria uma Jillian só para mim. Porque só uma voz forte, mandona, quase a puxar-me pelos cabelos, é que me arrancaria do sofá e me punha a queimar este tecido adiposo que começa a acumular-se por cima dos meus abdominais. Às vezes, na brincadeira, dizia ao namorado que ele devia fazer o papel da Jillian na minha vida. Longe de mim que ele alguma vez levasse a brincadeira a sério.
À uns meses atrás, vi no blogue d'A Pipoca Mais Doce um plano de treino para correr 10km ao fim de quatorze semanas. Eu que sempre gostei de correr, apesar de não ter grande resistência, decidi imprimir o plano e pedir ao namorado que viesse comigo. No fim do terceiro dia só me passava pela mente «onde é que eu tinha a cabeça para lhe pedir a ele que treinasse comigo?!» Sempre que me apetecia desistir gritava comigo, sempre que eu tentava refilar ele mandava-me calar, eu bem que tentava fazer uma cara de desgraçadinha do tipo «ah e tal, dói-me aqui, não sei se aguento, o coração ainda se passa, blá, blá, blá» ele não me ligava nenhuma. Correu ao meu lado, contou os segundos ao pormenor, nunca me deixou descansar mais que um minuto nos intervalos e se me via a abrandar empurrava-me. Pôs-me de língua de fora e a arfar como se estivesse a treinar para os jogos olímpicos. No primeiro dia, já estava eu a recompor-me do cansaço, quando chegámos a casa e ele manda-me deitar no chão para fazer abdominais. Perguntou-me quantos queria fazer, e eu armada em parva, em vez de me fingir de morta, comecei a dizer que fazia noventa porque era isso que fazia no ginásio. Devia ter desconfiado do sorriso dele, quando me respondeu "então começa, mas faz assim..." Bem que me lixei, porque cheguei ao terceiro abdominal e toda eu gemia e gania. Resposta dele: "bem me pareceu que esses noventa não eram lá muito bem feitos." E pumba. É assim que se arruma com a capacidade de resposta duma pessoa, em que se fica reduzida a tanto cansaço que só se pensa «é melhor fazer isto caladinha, a ver se não piora.» 
Resumindo, tenho aqui um homem para vida, determinado, que leva tudo em que se mete com muito empenho (o que por saber disto tão bem podia ter escolhido outra pessoa para me treinar...ou então não), que nunca me deixa desistir em circunstância alguma. Eu é que tenho muito pouco espírito de sacrifício, mas isso já são outros quinhentos. E em relação às corridas daqui a dois meses, conversamos, se não me der o badagaio até lá.

quinta-feira, 7 de julho de 2011

Coldplay- Alive'11

Ainda estou perdida de sono e, por isso, ainda não consigo escrever o que me vai no coração sobre o espectacular concerto dos Coldplay, no Alive. Deixo aqui só o vídeo de uma das minhas músicas favoritas que me fizeram saltar as lágrimazinhas. Que isto de ouvir o Chris Martin à minha frente, a cantar a Fix You, acompanhado por fogo de artifício, é uma emoção muito forte.


terça-feira, 5 de julho de 2011

Constatações


As preocupações, na idade adulta, fazem cabelos brancos. E já lá vão quatro!

Primeiras peças a entar no armário- Verão 2011 # III

Ai que hoje já vi umas três peças que trazia de muito boa vontade pro meu armário. Dois vestidos e um top que me ficariam tão, mas tão bem. Mas como eu fiz a promessa de não  trazer nada para casa com valor superior a doze euros, ou as peças baixam, ou eu ganho o euromilhões logo á noite, ou ficam na loja.
De qualquer forma ainda trouxe mais três comprinhas hoje para casa. E tudo por menos de 15 euros. Ah pois é, que eu sou uma cachopa poupadinha, para não dizer forreta, a tentar manter-me longe da pobreza que, de vez em quando, assola a minha conta bancária.
Túnica da Lefties

Camisola da Stradivarius
Saias e Calções Stradivarius
Vestido Mango

domingo, 3 de julho de 2011

Primeiras peças a entar no armário- Verão 2011 # II

Com as promoções com mais de 50% que aí andam, quando os saldos começarem já nem vale a pena ir às lojas. Os centros comerciais estão à pinha, as lojas estão viradas do avesso, há peças que se vendem como água. 
Na sexta-feira vi uma camisola giríssima por volta de trinta euros, e como achei cara não a trouxe. Hoje voltei à loja para ver outras peças e quando reparei no sítio das camisolas sobravam duas de tamanhos enormes. As camisolas estavam a doze euros!! Voaram. Sumiram-se. Eu é que tive o azar de ir cedo de mais e, depois, tarde demais. 
Continuo a namorar as duas peças da Quebra-Mar mas ainda estão demasiado caras. E fiquei-me por:
- Dois calções, um de ganga e outros preto de tecido;
- Duas mini-saias, uma de ganga e outra azul e branca, de tecido;
Ainda queria algumas coisas, mas isto tem de ser tudo muito controlado.

Feira do Mirtilo

Ontem passei a tarde aqui. É a 3ª edição e sinceramente, nunca lhe tinha dado grande importância, até este ano. A Feira do Mirtilo começou na sexta e eu fui lá passar a tarde de sábado. Uma desgraça de coisas boas. Não havia barraca por onde passasse que não quisesse trazer de lá alguma coisa. A começar pelos doces, pelos licores e por t-shirts tão lindas, queria tudo o que via. 
Para começar, comi a melhor tarte de mirtilos de todo o sempre. Se a pastelaria que a fornece fosse pertinho da minha casa, ficaria uma lontra em dias. Mas não se fica pela tarte, porque o mirtilo parece que faz os melhores doces do mundo. Ele é tarte de mirtilos, gelado de mirtilos, batido de mirtilos, cheesecake de mirtilos, pão de mirtilos e até provei, num workshop de culinária, rissóis com creme de mirtilos. Ah, e a sangria de mirtilos é de longe, a melhor sangria que já provei até hoje. 
Na hora de vir para casa, e depois de um batido me ter acompanhado o lanche, ainda trouxe para casa uma caixa com fatias de tarte -arrependidíssima de não ter trazido uma tarte inteira-, brioches com recheio de mirtilos, uma compota, dois pacotes de infusão de chá e uma garrafa de licor. Como vêem foi uma tarde onde tratei muito bem o meu estômago e os meus triglicéridos estão fartinhos da bater palmas com tanto açúcar. Mas era tudo irresistível e é por isso que eu vou levantar este rabo do sofá neste momento e saltar para cima de uma bicicleta. Ora então, até loguinho. E se estiverem por perto, vão lá provar por vocês mesmos.

Fotografia retirada do site

Fotografia retirada do site

Fotografia retirada do site

Quero

Sou uma rapariga completamente rendida a todos os vestidos e casacos da Kate Middleton. Apesar de não ter propriamente uma vida social à altura destes vestidos, é que não me importava mesmo nada de ter o armário da Duquesa de Cambridge cá em casa.