quarta-feira, 29 de junho de 2011

A Árvore da vida


A semana passada fui ao cinema ver a Árvore da Vida. E só estou a falar sobre isto agora, porque o filme tem estado em banho-maria dentro da minha cabeça. 
Não vou dizer que o detestei nem que o adorei, porque nenhuma das duas opções é verdade. Primeiro de tudo assumo que me faltou preparação de espírito e mente para o ver. Quando decidi vê-lo conhecia a história por alto, mas estava longe de saber quem era o realizador e o que me esperava. Desde que saí daquela sala que tenho vindo a absorver informação, que de vez em quando penso em cenas do filme. É como se todos os dias se entranhasse um bocadinho. Mas assumo que estou longe de perceber tudo o que vi. 
Pode-se dizer que é um filme religioso, filosófico, que a abordagem que faz da vida tem tanto de complexa como de fascinante. Mas também se pode dizer que é demasiado em muitas cenas, muito longo, um pouco exagerado nos silêncios. É um filme ambíguo. Quando se entranha, faz pensar. Mas perturbador quando se pensa muito. 
Confesso que saí do filme meia aluada. Defraudada pela minha escolha. Não pelo filme que era, mas porque não era o tipo de filme que me apetecia ir ver. O bichinho ficou cá dentro e, quando cheguei a casa, liguei o computador á procura de críticas ao filme. Fiquei triste depois de ler tantas opiniões positivas, porque senti que não tinha tido capacidade suficiente de entender e captar as mensagens certas. Fiquei a pensar nisso, e á medida que ia lendo, ia visualizando algumas das cenas e, realmente, fazia sentido a crítica com a imagem. É óbvio que não percebi tudo, mas ficou a vontade de o voltar a ver. Uma coisa é certa, o actores estão incrivelmente bem. Do mais veterano ao mais novo. Entranhou-se. Talvez na segunda vez que o vir, aí sim possa formar um opinião definitiva. Até lá tenho o filme aqui às voltas. Em banho-maria.

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