segunda-feira, 31 de janeiro de 2011

M&M'S

Era menina para esvaziar um grande saquinho destes! Ai era, era!

Parem o mundo que eu quero sair

Este fim-de-semana passou a voar. Ainda ontem era sexta-feira e hoje já é segunda, com uma semana cheia de trabalho. A minha vida anda a passar em alta rotação, e eu sem nada do que quero! Ai que isto assim não pode ser!
Como eu gostava de ter umas águas furtadas, nesta cidade. Onde as ruas cheiram a biscoitos e o meu mundo pára!

sexta-feira, 28 de janeiro de 2011

As Pontes de Madison County


À uns meses atrás, numa tarde desocupada de domingo, encontrei este filme e resolvi vê-lo. O nome não me era estranho, mas não conhecia a história. Quando vi que era protagonizado com os meus dois actores favoritos, de todo o sempre, não pensei duas vezes. Soube logo que estava perante um grande filme. Pois, é muito mais que isso! É uma obra de arte. E entrou directamente para o número um do meu top.
É difícil dissociar a história em si, com a fantástica representação da Meryl Streep e a genialidade dos diálogos. O filme está tão bem escrito, a postura e a representação dos actores está tão verdadeira e sentida, a calma e a doçura que está presente ao longo da história torna-a tão especial, que mesmo pela tristeza de uma separação iminente, o Amor continua sempre a ser o protagonista. 
Ontem voltei a vê-lo pela terceira vez e chorei como na primeira. Dá-me prazer revê-lo, porque encontro sempre um pormenor ou detalhe da representação que me fascina. Se na primeira vez fiquei presa à história, completamente envolvida na evolução da relação dos dois, nas outras vezes que o revi, fascinava-me com a timidez da Francesca e as respostas sempre tão nobres de Robert. Os diálogos e a forma como os sentimentos conseguem ser passados, é o que torna este filme tão mágico, sem se tornar num melodrama pesado. Pelo contrário. É leve, é doce, é terno, é sincero, é verdadeiro, é todo ele um amor saudável. E é isso que o torna tão especial! 
Como uma vez a D. me respondeu, quando alguém me perguntar o que é o Amor, eu digo "olha, vê as Pontes de Madison County."



quinta-feira, 27 de janeiro de 2011

Body and soul

Hoje, ao fim do dia, fui parar com os ossos ao banco das urgências do centro de saúde da minha zona. Já à muito que sei que o meu corpo é psicossomático. O que quer isto dizer que, sempre que tenho alguma coisa que me preocupa, que me crie stress ou tensão, o órgão correspondente à minha preocupação dá sinal de si. 
Em Outubro andava preocupada com algumas coisas, precisava de tomar decisões complicadas e, consequentemente, ter conversas difíceis. O resultado foi uma faringite que me levou à urgência, às 4 da manhã, por pensar que estava com uma crise de asma. Tinha uma tosse dos diabos, não conseguia respirar bem e a minha voz mal se ouvia. Depois de fazer medição de oxigénio, que estava a 100%, e auscultação dos pulmões, que estavam limpos, a médica só me perguntou se eu andava muito nervosa e debaixo de grande pressão. Nem lhe precisei de responder, porque era óbvio. Voltei para casa e estive cerca de três dias completamente afónica. 
No últimos dias tive algumas situações complicadas para resolver, e onde houve alguma falta de comunicação e entendimento. Tive alguma dificuldade em passar a mensagem e tudo aquilo que eu dizia, era interpretado de outra forma. Era como não me conseguissem ouvir. Passados dois dias, acordei com o ouvido completamente tapado. Otoceril com força e nada. Hoje, depois de estar duas horas à espera da médica, saí do gabinete em menos de três minutos. 
-"Não tem nenhuma infecção, não tem nenhum indício que tenha alguma estrutura danificada. Pode ser cera acumulada."
-Hum?!! Mas eu lavo os meus ouvidos. Nem uso cotonetes, porque sei que faz mal. 
-"Eu sei que lava os seus ouvidos, não se preocupe, isso é uma situação normal. Pode ser uma reacção a outra coisa qualquer. Ponha gotas e marque uma consulta para um otorrino que lhe faça uma limpeza. Vai ver que vai ouvir e sentir-se melhor. Isso não é nada, não se preocupe. Boa noite e as melhoras!"
Uma das primeiras coisas que aprendi no curso foi a definição de saúde da OMS: «o estado de completo bem-estar físico, mental e social e não simplesmente a ausência de doença ou enfermidade.» Estudei esta frase vezes sem conta e nunca lhe dei a importância que ela realmente tem. Ser saudável é muito mais que não ter nenhuma doença. É um bem-estar que o corpo reconhece e agradece. Quando ele não se sente bem, quando acha que não está alinhado com a mente, reflecte-se. Existe uma resposta fisiológica do organismo, mesmo quando, aparentemente, não haja causas físicas que justifiquem essa resposta.
Por isso, meu rico corpo, obrigada por me alertares quando não te trato bem. Prometo, de hoje em diante, cuidar de ti de uma maneira mais atenta. Afinal és o único que tenho e sem ti não posso fazer nada do que me faz feliz. Tu tens sempre razão!
 

quarta-feira, 26 de janeiro de 2011

Será da velhice?

Não sei o que se passa com o meu corpo, mas está-me a parecer que ele anda muito zangado comigo. Queixa-se de coisas que nunca se queixou, dá-me sintomas que eu nunca tive o que já me começa a zangar. Ontem acordei com o ouvido esquerdo completamente tapado. Eu, que nunca sofri de otites, nunca tive dores de ouvidos na vida, ando à dois dias com a sensação de ter uma rolha lá dentro, a ouvir tudo o que se passa à minha volta em mono. O ouvido direito, por solidariedade, anda a armar-se em parvo também, porque tenho a sensação que tapa e destapa. Ora este cenário a juntar a uma tpm dos infernos, coisa que eu também nunca sofri, está-me a dar vontade de me virar ao estalo a alguns dos meus órgãos. Queridos ouvidos e querido útero, vamos ver se nos entendemos: eu tenho mais que fazer do que passar horas sentada num banco duma urgência à espera que me possam dar alguma coisa, só para vocês deixarem de pedir atenção. Já sou hipocondríaca que chegue, para me estarem a aumentar a minha lista de medos. Normalmente preocupo-me com coisas mais sérias, como uma dor de cabeça ou com as minhas arritmias de estimação. Portanto vamos lá parar com os ciuminhos e regressem à vossa normalidade, para eu poder ouvir tudo como ouvia antes. E querido útero, vê se te orientas também porque sempre fui muito cuidadosa contigo, e se há algum órgão que tem consultas certas e rotineiras és tu! Orientem-se os dois, estamos entendidos?

segunda-feira, 24 de janeiro de 2011

O Comboio da Vida

Há alturas na vida que são um autêntico passeio pelas trevas. Quando nos apercebemos que para concretizar o nosso projecto de vida, que para seguirmos o caminho que sabemos que é o certo, precisamos de mover montes e montanhas, algumas inesperadas, torna-se realmente penoso. Bom senso, jogo de cintura, paciência, esperança, milagres, acordos, fé hão-de ser os meus companheiros de percurso. Só espero que eles nunca me abandonem. É que tenho saudades de desfrutar a minha viagem no comboio da vida.

domingo, 23 de janeiro de 2011

Parabéns à Tulipa!


A Tulipa chegou hoje, no dia que faz apenas dois meses, às mil visitas!
Sou, neste momento, uma pessoa orgulhosa dos meus disparates que, pelos vistos, cativam mais pessoas! Obrigada de todo o meu coraçãozinho!

Em branco

Ao meio-dia e meia estava com um boletim de voto à minha frente. Pousei-o em cima da prateleira e pus-me a olhar para ele uns bons dois minutos. Dobrei-o. Voltei abri-lo. Lutei muito para não o deixar em branco. Mas sempre que olhava para as opções decidia logo voltar a fecha-lo. E foi assim que ficou. Fechado e com os quadrados vazios.
Nos últimos dias, todos os comentadores políticos foram unânimes, quando disseram que a fraca campanha eleitoral foi o reflexo do fraco estado em que o país se encontra. Não consigo não concordar.
Sempre que fui votar, fui sempre muito decidida em que pessoa merecia a minha confiança. Apesar de ser uma pessoa com ideologias de esquerda-centro, voto em pessoas e não em partidos, portanto é sempre uma decisão muito ponderada. Hoje quando entreguei o boletim sem nenhuma opção fiquei triste. É má a sensação de não termos escolhas, opções, esperança em alguém. O dia de eleições, para mim, é encarado com um dia que me alenta por ser a oportunidade de mudança, por isso a minha frustração hoje foi mais que muita.
Até à pouco tempo simpatizava com o Dr Fernando Nobre, que apesar de poder ser muito boa pessoa, frases como "só se me derem um tiro na cabeça" e "peço ao Dr Manuel Alegre que desista na 2ª volta em meu favor" fez-me pensar que não é lá muito indicado, para um cargo tão sério, como presidente da república. Ninguém lhe deve ter explicado que não pode falar como se estivesse no Congo e, é fundamental que tenha conhecimentos mínimos de política, para saber que à 2ª volta vão os dois candidatos que tiveram mais votos e não há cá desistências em favor de outros.
Resumindo, não há ninguém que valha a pena. E deixa-me triste que tudo ficará na mesma até 2016!

sexta-feira, 21 de janeiro de 2011

Às vezes sinto-me assim, desfragmentada. Como hoje...

À Leonor

Faz hoje um ano que recebi uma mensagem no telemóvel a dizer que a Leonor tinha nascido. E hoje, a Leonor comemora o seu primeiro aniversário. Antes de tudo o que me apeteça dizer desta bebé e do pai, que é só assim, o meu melhor amigo de sempre e para sempre, antes de dizer o quanto gosto muito deles e de como desejo que sejam muito felizes, antes de tudo Parabéns Princesa Leonor
Sei que antes de nasceres, já te desejavam muito e sei que quando nasceste, foste a personificação da felicidade de duas pessoas que farão tudo para que sejas igualmente feliz. Um dia conhecerás o teu pai, tão bem quanto eu e os amigos mais próximos o conhecemos, e vais ter a certeza que não poderias ter tido mais sorte. És e serás a princesa dos seus olhos e sei que fará de tudo, para te educar com os mesmos princípios e valores com que os teus avós o educaram a ele. À medida que fores crescendo e começares a  herdares algumas características do teu pai, tornar-te-ás numa menina muito honesta, com muito carácter,  com uma grande curiosidade de conheceres e explorar o mundo, onde o céu será o limite. Serás uma aventureira, com um coração de manteiga, que só se acalma com muito mimo. Mas acima de tudo o que possas herdar dos teus papás, eles só querem, assim como eu, que sejas uma menina muito feliz e amada. E isso, tu ainda não sabes, mas já és!

quinta-feira, 20 de janeiro de 2011

Muito mais além que pavoroso!

Lyonce Viktórya!! Que raio de nome é este? Qual é a alminha saudável da cabeça que chama à filha Lyonce Viktórya? E por favor alguém me explique qual é a parte da junção do nome dos dois. É que assim de repente nada me faz lembrar que a mãe se chama Luciana e o pai Djaló. Será que eu sou disléxica? Vocês por favor elucidem-me. Eu bem disse que o nome da criança ia ser de pavoroso para baixo, mas o Lyonce bateu-me aos pontos a minha imaginação.
Ah, também gostei muito de saber que o Djaló ajudou no parto da filha. Parece que puxou a criancinha quando já estava cá fora. E pelos vistos, estas pérolas do panorama social português, querem divulgar o vídeo do nascimento para mostrar aos fãs. Assim de repente, para qualificar esta imagem da Luciana de perna aberta, só me lembro das palavras visão-dos-infernos. Portanto se alguém quiser começar uma petição pública para a proibir de tal acto, enviem-me para o e-mail que terei muito gosto em assinar. E por fim, ao que parece pela descrição no site da Luciana, aquilo no bloco de partos foi a ramboiada total. Só não entrava quem não queria. Leiam e deliciem-se, que eu vou-me rir mais um bocadinho com o nome de Lyonce.

E por fim, o agradecimento mais especial de todos, à nossa fada dos bebés, a Dra. Maria João Garcia :-) :-) :-) :-) :-)É simplesmente a melhor médica do mundo. Humilde, dedicada, amiga, verdadeira, honesta, trabalhadora e que ainda traz ao mundo com todo o amor, todos estes bebés, abençoados pelas suas mãos. Sem ela, nada teria sido tão especial, tão perfeito, nem com a máxima felicidade que ambos conseguimos sentir. Graças à Dra. Maria João Garcia, eu pude cortar o cordão umbilical da minha filha e o Yannick pôde ajudar no parto. A Dra. tirou a cabecinha da Lyonce Viiktórya e o Yannick tirou o corpinho dela do meu ventre e ambos a puseram em cima de mim :-) :-) :-) :-) :-) Temos tudo registado com fotografias e vamos poder um dia partilhar com vocês ;-) A vovó Bia, também assistiu ao parto :-) :-) :-) :-) :-) Foi a maior alegria que eu lhe podia ter dado. Andava com os braços para cima e só dizia: " Obrigada meu Deus, obrigada meu Deus, obrigada meu Deus " LOL LOl LOl E numa foto, ela está a fazer força comigo, parece que ela é que vai ter o bebé. KAKAKAKAKAKAKA

Há gente que bate mesmo muito mal, não há? É só para saber...



terça-feira, 18 de janeiro de 2011

Presidenciais

Se existem coisas que sempre achei uma perca de tempo, são os tempos de antena reservados a partidos políticos, principalmente em época eleitoral. Não é que não façam falta, mas pela forma como são aproveitados. Mas, sinceramente, não me lembro de uma campanha política tão má, como estas presidenciais.
Dos seis candidatos que estão na corrida à Presidência da República não há um que me convença totalmente, que ao ouvi-lo pense "é isso mesmo", com ideais que façam falta a este panorama actual do nosso país, que sejam pedagógicos a fazer campanha, que demonstrem real preocupação em melhorar a nossa realidade, que tenham coragem, que sejam determinados, que sejam cidadãos e não políticos, que sejam sérios. Não encontro, em nenhum candidato, uma postura com a dignidade que este cargo exige. Pelo menos como o Dr. Jorge Sampaio tão bem a soube ter. Às vezes ligo a televisão e fico parva com aquilo que vejo. Guerrinhas, arrufos, troca de acusações entre um e outro político, mais parece que estou a assistir a um programa de adolescentes do secundário. 
Sendo os tempos de antena e as campanhas políticas espaços para informar e ajudar os eleitores a decidir, qual é o nosso interesse ouvir o Cavaco Silva e o Manuel Alegre  numa troca de insultos. Depois existem candidatos como o José Manuel Coelho do PND e o Francisco Lopes do PCP que têm como função, simplesmente, falar mal de tudo e de todos e relembrar-nos que este país está uma miséria. Sobram dois, que ainda são aqueles que me despertam alguma simpatia por não estarem ligados a nenhum partido político e eu acreditar que  são cidadãos normais, que ainda não estão apodrecidos pelo sistema, e que têm uma noção real do que tem que ser feito sem intuito de enriquecerem depressa. Simpatizo em particular com o Dr Fernando Nobre pela humanização que tem tentado dar à sua candidatura, no sentido de ter noção real do que este mundo é, em variadíssimas vertentes. Infelizmente, não é segredo para ninguém que se não houver uma grande máquina política atrás de um candidato ele não terá grandes hipóteses de vencer. E é por isso que nunca saímos do mesmo. Entre um e outro partido, apenas se revezam e pouco ou nada poderemos esperar de cada um deles.
Este país não é só pequenino em tamanho, é pequenino em idade também. As mentalidades teimam em ser teimosas, em repetir padrões, preguiçosos e descrentes. Os trinta e seis anos que passaram desde o 25 de Abril, parece que ainda não são suficientes para  uma consciência do poder que realmente temos, quando estamos com um boletim de voto nas mãos. Os mais antigos votam sempre no mesmo partido numa forma quase automática, sem reparar se aquilo que é defendido ou a pessoa que lá está merece ou não esse crédito. Aliás, para muitos até era preferível que o Salazar renascesse e pôr na mão de uma só pessoa o destino de todos nós. Os mais novos, não acreditam em nada que venha de um político. No geral acham a política uma seca brutal, que nem se dão ao trabalho de ir votar, não tendo qualquer respeito pelo facto de alguém, um dia, ter lutado por nós, que já nascemos depois, para podermos ter voz. Não sabem o poder de um voto em branco e também não estão preocupados em saber. 
Podia ser tudo tão diferente, se houvesse pedagogia na classe política e se os tempos de campanha fossem bem aproveitados. Podia ser tudo tão diferente, se houvesse uma consciência política mais humana e mais séria. Podia ser tudo tão diferente se alguém se preocupasse realmente com este país e com quem cá mora. Podia ser tudo tão diferente se...

segunda-feira, 17 de janeiro de 2011

Golden Globe Awards 2011

Este ano não dei nenhuma atenção aos Globos de Ouro nem às nomeações, das várias categorias, para os Oscars. Mas é impossível não ter curiosidade de espreitar os belos vestidos que ontem desfilaram na red carpet. Não acho que tenha sido dos melhores anos, mas houve muitos que me deixaram de olho a brilhar. Principalmente um. Ora deixando as nomeações e os vencedores de lado, aqui ficam as verdadeiras quatro obras de arte que me fizeram babar:

Olivia Wilde






Este é sem dúvida o favorito. É simplesmente maravilhoso. A cor, o corte, o glamour do balão. Noutra cor, será  mais ou menos assim que imagino o meu vestido de casamento. Amei! 












Natalie Portman





Este vestido é a simplicidade da beleza. Adoro o pormenor da rosa que o torna tão delicado.
















Jennifer Love Hewitt







Um decote original e uma cor muito bonita, num vestido muito distinto.













Julia Stiles






Divertido mas com imensa classe.

domingo, 16 de janeiro de 2011

Saldos

No sábado foi o meu primeiro dia de saldos e, desconfio, que tenha sido o último. É que eu, ao contrário da maioria das mulheres, não tenho paciência para andar à procura da roupa encantada. Eu nunca fui muito de me enfiar em sítios com muita gente. Dos centros comerciais, fujo deles a sete pés. Quando entro numa loja e vejo que vou andar aos encontrões e a pedir com licença para ver uma prateleira, dou meia volta e vou embora. Como vêem, a minha paciência é muito limitada para a confusão. O que eu gosto mesmo é de entrar num sítio, dar uma olhadela rápida e se vir alguma coisa que me salte aos olhos, tudo muito bem, se não, também não ando à procura. Claro que este hábito, já me trouxe muitos olhinhos de Bambi, quando vejo as minhas amigas com roupas fantásticas e elas respondem que encontraram em tal loja. As tais lojas em que eu entro e não tiro as mãos dos bolsos, e elas reviram prateleiras como ninguém até encontrarem grandes achados.
Bem, mas dizia eu que sábado fui às compras, e fui com o namorado que teve (e tem sempre) uma grande paciência para com a minha pessoa. É que tinha dois cartões com plafon da Mango e fui lá ver se algo me agradava. O resultado foi: duas calças, um vestido de lã, um top, um cinto e uns óculos de sol. E ainda deixei dinheiro no cartão. Para quem ía sem qualquer esperança de encontrar coisas decentes, porque os saldos já começaram à umas três semanas e sabe Deus as pessoas que acampam à porta das lojas no primeiro dia, até que o resultado não foi nada mau. Na verdade, há mais uma ou outra coisa que gostava de comprar e aproveitar esta altura. A ver vamos se terei a mesma sorte...e a mesma disposição!


Como o mundo avança em dois dias

Está uma pessoa menos atenta, um ou dois dias, às notícias deste Portugal e são só novidades. Para começar parece que os signos mudaram e eu, que à 27 anos sou Gémeos, agora querem que eu passe a ser Touro. Aviso já que não me convencem com essa coisa da terra e as estrelas já não estarem alinhadas e patatí-patatá. Não há signo nenhum que tenha uma descrição tão certeira como aquilo que eu sou e gosto, portanto serei Gémeos para sempre! Nasçam os astros novos que nascerem.
Outro acontecimento marcante para a nossa sociedade, foi o nascimento da filha da Luciana Abreu. Parece que teve uma menina que se chama Victoria, mas que tem um primeiro nome que não revela. Eu até tenho medo do que pode sair dali, visto que essa pérola da música portuguesa, anunciou que o nome da filha seria uma combinação do nome da mãe com o nome do Pai. Tendo em conta que ela se chama Luciana e o pai Djaló, nada que sair daqui é menos que pavoroso!
Por último, mas não menos importante para o bem-estar deste país, foi a demissão do presidente do Sporting. Diz que o clube dos Leõezinhos, está sem um Rei da Selva. Pessoalmente, percebo perfeitamente que o senhor se tenha posto andar. Ninguém, no seu juízo perfeito, quer ser presidente de um clube em que os jogadores não querem lá estar,  em que têm uma equipa que não ganha à meses nem um jogo, quanto mais campeonatos e títulos. E como se não bastasse esta decadência clubística ainda se deu ao luxo de ter frases como "Paulo Bento Forever" e "João Moutinho é uma maçã podre". Posto isto, palavras para quê? Pedir a demissão, foi de fato a melhor decisão que o senhor tomou desde que assumiu funções. Parafraseando o Ricardo Araújo Pereira, sempre que o Benfica está no fundo, o Sporting tem a gentileza de aparecer para demonstrar que é possível descer um pouco mais. Não há nada como passar dois dias alheada da realidade!

quarta-feira, 12 de janeiro de 2011

Quinze euros mal empregues

Hoje voltei a estar dentro da lei deste país. Isto, porque o meu Bilhete de Identidade e o ano de 2010 acordaram em acabar no mesmo dia. E foi uma sorte do caraças essa pequena brincadeira não me ter dado uma grande dor de cabeça, porque quando me apercebi que o meu B.I. já não era válido, estava à porta da manga do avião de Paris para cá. Valeu-me a distracção do check-in, dos seguranças e das assistentes de embarque. Foram todos uns queridos não terem reparado que era uma cidadã portuguesa fora do prazo.
Depois de duas tentativas falhadas para ir tirar o cartão de cidadão, a primeira porque estavam centenas de pessoas à minha frente e a minha paciência tinha ido de férias nesse dia, e a segunda tentativa foi numa marcação agendada a que eu não compareci por diversos factores, hoje lá fui mentalizada da seca acompanhada por uma revista cor-de-rosa. E a primeira surpresa é que só esperei uma hora. A minha teoria é que quando as pessoas chegam, tiram a senha e vêem que o número que está a ser atendido ainda é tão distante, que desistem. E sendo assim, para quem fica, não há alegria maior do que ver os números passarem a uma grande velocidade. Mas eu, que estava mentalizada que o pior de tirar o cartão único era o tempo que tinha que esperar, eis que foi o terror nos minutos a seguir. A minha fotografia ficou me-do-nha! Nem me deu tempo de arranjar, quando vi já ela estava no ecrã e a passar para a parte da assinatura. Eu própria se me encontrasse comigo à noite, fugia! Depois foi a altura. Tiraram-me dois centímetros. DOIS! Até parece que eu tenho centímetros aos montes, para me dar ao luxo de poder abdicar de algum se quer. E ainda tive que pagar 15 euros, para ficar com um cartão com uma fotografia de reclusa com 1,54m. Há coisas tristes. Quando o tiver, escondo-o na parte mais recôndito da carteira.

terça-feira, 11 de janeiro de 2011

Breathe in, Breathe out

Uma grande amiga, à uns dias atrás, disse-me assim quase do nada, que era muito emocional nas respostas que dava. Aquele comentário apanhou-me de surpresa, mas não me surpreendeu. A verdade é que eu toda sou emocional. E tu minha menina, desmontas-me com uma facilidade tão grande que me enervas. Quase que tenho medo de pensar ao pé de ti, porque é impossível esconder o que quer que seja. Isso é invasão sentimental, sabias? Any way, isto pôs-me a pensar. 
Costumo dizer que sabemos sempre o que somos, que cada um de nós tem sempre as respostas que  precisa e, eu pessoalmente, sou muito lúcida dos meus defeitos. Mas quando ouvimos de outra pessoa e as coisas encaixam, as palavras ficam a moer. E é assim que nos tornamos pessoas melhores. É quando alguém que gostamos muito, nos desarma com carinho e nos leva a tentar moldar os nossos defeitos sem se aperceber do seu contributo. É quando alguém tem a generosidade de ter as palavras certas, na hora certa. 
A verdade é que tenho um caminho muito longo a percorrer e que ainda há muita coisa que me faz fervilhar. Quando dou por mim já falei e tenho mesmo que aprender a relevar, a ter poder de encaixe e não levar tudo a peito. No fundo ser uma pessoa paciente. Ora aqui está um dos grandes desafios para 2011 e o meu compromisso público!
Ah, só há uma coisa que não faço intenções nem de relevar nem de ser paciente, é com a falta de educação. Que isto de ser uma menina paciente e tranquila é uma coisa, ter sangue de barata é outra. E, definitivamente, genes rastejantes é uma coisa que eu não tenho.

segunda-feira, 10 de janeiro de 2011

Nous à Paris

Adoro Paris. O meu namorado detesta franceses. Quando lhe disse que ía passar o Natal a França, e que a nossa passagem de ano também seria lá, ele nem pestanejou. Disse que ía ver em que dia podia ir ter comigo e quando soubesse comprava os bilhetes. No dia a seguir a ter comprado os meus, ele comprou os dele.
Tenho noção que ele não vê aquela cidade com os mesmos olhos e com a mesma emoção que eu vejo. Mesmo assim foi, de coração aberto, com vontade de recortar as ruas parisienses comigo e de conhecer os lugares do roteiro que eu preparei semanas antes. Acordava todos os dias bem disposto a perguntar onde iríamos e o que tinha preparado para aquele dia. Confiou em mim. E fiz de tudo para lhe mostrar tudo aquilo que o pudesse fascinar. Ele que odeia o frio, que por vontade própria viveria sempre acima dos 25ºC, trouxe a mala cheia de camisolas e vontade de viver aqueles dias só eu e ele.
Sei que não foi a viagem da vida dele, sei que se tivesse escolhido um sítio para passarmos umas mini-férias, Paris seria seguramente a última opção. Mas a oportunidade surgiu e ele não me tirou a alegria, nem por um segundo. Viveu tudo intensamente comigo. Alegrou-se comigo. Fez de tudo para me ver feliz, todos os dias. E até do frio ele me escondeu. Se isto não é amor, o que é?


sábado, 8 de janeiro de 2011

Faço da opinião d'A Pipoca Mais Doce, a minha!

Fiquei um bocado abananada com a morte do Carlos Castro, como fico sempre que morre alguém assim, de forma inesperada e,  sobretudo, de forma absurda. Não era amiga do senhor, nem de perto nem de longe, mas sempre que me cruzava com ele era simpático e bem disposto. Uma vez entrevistei-o, a propósito de um trabalho sobre o mundo do social, e depois disso ele não se esqueceu da minha cara, trocávamos sempre umas palavrinhas. Não sei se era viperino, mal intencionado, não sei nada dessas coisas que muitos dizem. Se calhar até era, mas talvez nem isso justifique a forma como foi morto. Não sei detalhes no crime, não sei se foi algo passional, não sei se se fez justiça ou não, mas foi demasiado. E agora, vendo os comentários que se vão deixando nas várias fontes noticiosas, não posso deixar de pensar que isto está mesmo perdido. Abundam pérolas como "o paneleiro teve o fim que merecia", "era um maricas" e outros do género. E, assim de repente, o que é que isso interessa? Ah, era "maricas", então merece ser brutalmente assassinado, está certo. Se fosse hetero é que já não podia ser, mas sendo gay, que se lixe, estava mesmo a pedi-las. No clube de fãs do miúdo que, alegadamente, o matou, alguém deixou um comentário que dizia qualquer coisa como "o importante é que ficaste famoso! Sempre que se falar no Carlos Castro vão falar de ti! Estás em todos os jornais e revistas! Descansa em paz Carlos Castro...e desejo muitas felicidades ao Renato!". Se isto não diz tudo, diz pelo menos muita coisa. Matar alguém, pelos vistos,  é motivo para felicitações, é motivo para alegria, é motivo para reconhecimento público.  Temos de viver neste mundinho, não temos outro. Mas lá que é uma merda, é.

quinta-feira, 6 de janeiro de 2011

Cada vez pior

Os canais generalistas da televisão portuguesa são uma merda. Durante um dia todo, que se salve um ou dois programas e é muito. Não é que antes não houvessem maus programas, porque houveram. Assim de repente, estou me a lembrar do Big Show Sic e do Masterplan. Mas davam uma vez por semana. Agora são maus programas todo o dia, todos os dias.
Os programas da RTP, seja de manhã ou à tarde, tem que ter sempre música pimba. Ás vezes têm rubricas interessantes, mas a seriedade de um assunto até se perde quando é interrompido por uma qualquer Rute Marlene da moda. A Sic está em decadência total, já muito pertinho dos calcanhares da Tvi. Seja de manhã ou à tarde, são programas sem temas definidos, não há rubricas, não há propósitos, não há uma linha de seguimento, não há ponta por onde se lhe pegue. O da manhã, tem intervalos de vinte em vinte minutos em que se faz publicidade sempre à única rubrica certa que é a de casos de polícia. E dão tanto ênfase a essa parte, que parece que o programa, nas mais de três horas de emissão, é um total enchimento de chouriços só para assistir ás notícias dos assaltos. Mas mesmo que até tenha alguma audiência, quando o apresentador se lembra de cantar o "doidas andam as galinhas" em várias versões aquilo passa de tortura ao medo. É mau de mais! 
O programa da tarde, tem uma excelente jornalista a conduzi-lo mas que está completamente desapropriada naquele contexto. Se o programa da manhã já não tem conteúdo, o da tarde não tem nada. Limita-se a histórias de pessoas coitadinhas. A Tvi, mais do mesmo. De manhã, palhaçada e dramas de faca e alguidar, à tarde conversas com pessoas sobre a vida delas. Portanto, nos programas diários que é visto por milhares de pessoas, pedagogia zero.
Depois temos as  horas das novelas. Só na Tvi, à noite, são três de seguida! Há novelas até à uma da manhã. A Sic, em horário nobre, dá os malucos do riso do ano mil novecentos e troca o passo, e ando eu estes anos todos a tentar descobrir a piada daquilo.
Chega-se ao fim-de-semana em que todos gostamos de estar em casa a ver um bom filme, uma boa série, uma boa produção...nada. Levamos com programas da bola, ou séries portuguesas que é de cortar os pulsos, ou galas com pessoas aos gritos e assim de repente não me estou a lembrar de mais nada! É triste, mesmo triste.
Posto isto, sobra o quê? Não ver televisão? É uma opção de facto. Mas, caramba, eu até gostava de ver programas decentes. Porque raio é que nos impingem programas de merda e não nos dão cultura, informação com rigor, boas séries, documentários, programas de entretenimento com bom humor e tudo o que possa fazer de nós pessoas mais cultas e que nos entretenha de forma mais inteligente. Os contemporâneos era um programa excelente, saiu do ar. O 5 para a meia noite dura três meses, fica fora de emissão quatro. Já não há apresentadores como o Fialho Gouveia, nem programas interessantes como a Caça ao Tesouro ou Chuva de Estrelas ou o Não se esqueça da escova de dentes!

quarta-feira, 5 de janeiro de 2011

De trás para a frente

A vida bate sempre certo. Esta frase acompanha-me à uns bons anos. Fazia-me sentido. Agora não sei se ainda faz. Às vezes tenho dúvidas. Quando tenho aquela sensação que, pelo menos a minha vida, anda no sentido contrário dos ponteiros do relógio, como se vivesse as coisas de trás para a frente. Mais ou menos como a vida do Benjamin Button que nasce velho e morre bebé. 
Como é que a vida vai bater certo a alguém que começou por ser uma criança com responsabilidade de adulto e que quando é adulto só lhe apetece mandar tudo ás urtigas, porque quer ter a liberdade de uma criança? É possível ter saudades do que nunca se teve? Eu tenho saudades de ser descontraída, relaxada, despreocupada, menos medrosa, menos controladora, menos impaciente, sem a obsessão de que tudo tem que sair como eu imagino que deva sair. E as expectativas? É um vírus. Um vírus que consome e destrói. Que estraga qualquer coisa bonita, só porque imaginámos que tudo se passaria de maneira diferente. E porque nos tolda a visão de ver a beleza do que se passa, só porque é diferente daquilo que a nossa cabeça teima em possuir. Respirar. Às vezes esqueço-me de respirar. E às vezes apetece-me ceder. E descansar de tanta luta. Porque apesar de agora ser a idade de lutar, ás vezes acho que gastei toda a minha energia na altura das bonecas e dos baloiços. E agora dava tudo para viver o que não vivi. Porque vivi o que devia viver hoje, na altura dos baloiços. Mais ou menos como Benjamim Button. Só que não vou morrer bebé.

terça-feira, 4 de janeiro de 2011

Disney

Isto de acordar ás 8:30h da manhã, no primeiro dia do ano, depois de termos adormecido ás tantas é de muito valor. Mas era o dia da Disney portanto valia todos os sacrifícios. Tínhamos 60 km pela frente entre metro e comboio e eu queria aproveitar cada bocadinho do dia. O namorado resmungou um bocadinho de manhã, mas viu-me tão entusiasmada em ir ver a Minnie que lá fez um sacrifício. 
Chegámos por volta das 11h e até ás oito da noite ninguém nos parou. Confesso que houve ali uma altura em que me apeteceu vir embora para casa. Estava um frio de morte, eu levei umas botas horríveis que deixavam passar o frio para os pés e quem me conhece sabe que sono, fome e pés frios são coisas para me levarem á rabugice insuportável em segundos. O santo do meu namorado foi comigo comprar uns collants para me manter minimamente quente e até jogou comigo á sardinha, nas filas de espera, para me distrair do frio e, claro, para evitar o meu mau humor que só ele sabe como fico! O melhor namorado do mundo, portanto.
Começámos pelo comboio que dava volta ao parque e tivemos uma noção de como estava dividido e a disposição das atracções onde queríamos andar. Fomos almoçar uma boa pizza quentinha e quando saímos do restaurante dos anos 20 íamos muito mais aconchegados. 
Fomos á nave espacial do Toy Story onde tínhamos uma pistola para matar os inimigos do espaço; andamos no Space Montain 2 que é uma montanha-russa com vídeos virtuais, em que eu ia vomitando a minha rica pizza que me tinha sabido tão bem. Aquilo foi mesmo muito hard-core mas claro que o namorado adorou e até achou pouco. Deixámos as aventuras espaciais e fomos para o castelo da Bela Adormecida que é a coisa mais riquinha deste mundo. Lindo, que só ele. Os vitrais, os candeeiros, as imagens da Bela Adormecida com o seu Príncipe e até a roca onde furou o dedo que a pôs a dormir. Um mimo. Fomos passear num comboio que nos mostrou a casa da Branca de Neve e dos Sete Anões, andámos dentro de umas chávenas que rodavam entre si - e em que o namorado ficou enjoado, imagine-se! Não enjoou na montanha-russa e enjoou numas simples chávenas que se mantinham sempre no mesmo sítio! Gajos! Quando saímos encontrámos a Rapunzel e o seu namorado. Lindos! Perdemo-nos nos Jardins da Alice no País das Maravilhas e foi um caso sério para darmos com o Palácio da Dama de Copas. Mas foi uma aventura muito engraçada. Fomos para um barquinho que nos levava a passear pelo País dos Contos e visitámos as aldeias da Bela e do Monstro, do Pedro e do Lobo, a gruta do Aladino, a casa da Pequena Sereia. Subimos á Casa da Árvore e atravessámos pontes suspensas.
Ás cinco da tarde já era de noite mas nada nos parava. O Barco do Pirata das Caríbas, a montanha-russa do Indiana Jones e a Casa Fantasma foram os últimos em que andámos e nos divertimos muito. O dia começou a chegar ao fim. Foi o tempo das compras em que me deu vontade de trazer quase tudo o que havia nas lojas. Controlei-me numa mantinha cor-de-rosa da Minnie que é uma fofura, uns collants do Mickey, pin's e chupas-chupas com fartura! O desfile de encerramento estava prestes a começar e corremos para  ver de perto o Mickey, as Princesas, o Dragão da Lampada Mágica e a Minnie. Um dia de magia e de voltar a ser pequenina outra vez.
Quero lá voltar. Mas desta vez no verão e ficar a dormir naquele grande hotel cor-de-rosa que faz sonhar só de olhar para ele. Três dias para brincar no parque, conhecer os estúdios da Disney e explorar a Disney Village, sem frio para me atormentar a alma...e poder voltar a ser pequenina de novo! 


























2011 no Trocadéro

Depois de muito passear, jantámos melhor ainda. 
Lá para as dez da noite decidimos ir até ao Trocadéro despedirmo-nos de 2010 e recebermos 2011 em frente à Torre Eiffel. Uma ideia fantástica partilhada por mais 2 milhões de pessoas. É quase como um terço de Portugal lembrar-se de sair à rua ao mesmo tempo e irem todos para o mesmo sítio. Estão a ver mais ou menos a imagem, não estão? Bem que queríamos ir para a varanda do Trocadéro para ver o fogo de artifício no Sena, mas contentámo-nos em ficar na relva da rotunda bem cá atrás.
A crise pelos vistos também chegou a França, porque fogo de artifício foi coisinha que mal se viu e as luzes na torre foram muito pobrezinhas. Até o Sto António é mais animado que a passagem de ano naqueles lados. Mas pronto. Abrimos a garrafa de champagne á meia-noite, tirámos fotografias e vimos umas luzinhas azuis a acenderem-se. Não foi como estava á espera, mas foi diferente, foi em Paris e tinha a minha pessoa comigo. Não posso reclamar de nada!
Emoção foi a ida para casa, porque estávamos nós e mais um milhão de pessoas a tentar entrar no metro. A polícia bloqueou as entradas e tivemos que ir a pé á procura de outra estação. Lá conseguimos e pouco depois de uma hora já estávamos deitadinhos para o primeiro sono do ano. Bem-vindo 2011!




Les aventures de Andreia Poulain- Parte III

O roteiro que fiz para os dias que ia visitar Paris com o namorado, começava pelos museus. Fomos direitos ao centro Pompidou e mal subimos as escadas do metro começámos a ver uma fila de km que dava quase a volta ao edifício. Cheios de coragem e com sandes na mochila, começámos a fazer parte dela. Quase uma hora depois e de estarmos a meio  caminho da entrada, alguém do centro informou que o acesso ao edifício para visitar as galerias era outra. Aquela entrada era apenas para o centro de documentação. Quando fomos em direcção á entrada correcta, encontrámos uma fila tão grande como a primeira. Obviamente que nos fartámos de rir, mas sem achar grande piada á coisa. Depois de muita espera e de conversa com uma família brasileira lá entrámos. O centro Pompidou é um museu de arte contemporânea, com imensas peças modernas e alternativas. Vimos duas galerias com duas exposições diferentes. Uma de Mondrian, em que os desenhos são feitos milimetricamente e com um jogo de cores um pouco estranhos, mas que no geral têm uma certa piada. A outra exposição era feita com lixo urbano onde havia de tudo, um corpo de mulher feito de silicone preenchido com pincéis de barba de homem, um frigorífico partido ao meio com um carro de supermercado lá enfiado, vitrais com latas e dentaduras postiças lá dentro. O resto do museu tem coisas interessantes, mas nada que me tivesse cativado para lá voltar outra vez. É enorme, passámos grande parte da tarde lá dentro e não visitámos mais nenhum museu. Comprámos um crepe cheio de chocolate e um chá quente numa roulote e lá fomos a pé até à câmara de Paris, ver pessoas a fazer patinagem no gelo. Continuámos até à catedral de Notre-Dame e seguimos até à Bastilha.

O museu de Artes e Materiais foi o primeiro do dia seguinte. Já sabia que o namorado ía delirar lá dentro e delirou. Por ele tinha lá ficado até fechar, no meio das engenhocas antigas, dos primeiros telefones, dos primeiros computadores cheios de botões, na evolução das telecomunicações e dos transportes, nas explicações entre os comboios a vapor até ao TGV. Uma viagem à evolução das coisas que tanto o fascinam. 
Atravessámos o Sena para o outro lado e voltámos a Notre-Dame com vontade se subir até ás torres, mas a fila era enorme e achámos que não valia a pena voltar a desperdiçar uma tarde por causa de um único sítio, com tanta coisa para ver. Demos a volta á catedral e passámos por uma ponte que estava cheia de cadeados. Achámos piada mas não percebemos o significado.
Depois foi a vez do Louvre. Queríamos ver a Mona Lisa e primeiro que a encontrássemos, devemos ter visto metade das galerias, mas sempre a correr. A Revolução Francesa e a Última Ceia de Cristo cruzaram-se connosco acidentalmente, mas nem por isso deixámos de lhes dar a merecida atenção. Quadros lindos!
O museu fechou, atravessámos o jardim até à roda gigante e fomos aos crepes quentinhos para comer pelo caminho. Passamos pela residência oficial do Sarkozy, vi pela primeira vez uns Louboutin ao vivo e a cores e bloqueei numa montra da Prada. Subimos a Champs-Élysées, parei numa Ladurée linda de morrer para comprar deliciosos macarrons e uma subida ao Arco do Triunfo fizeram-me latejar os músculos das pernas. Era menina para jurar que aquele belo monumento tinha elevador, e tinha, mas era apenas utilizado pelos funcionários. Os turistas subiam as escadas que era um consolo e aquilo até era coisa para ter a altura do primeiro andar da torre Eiffel. Mas a vista valeu bem a pena.

No último dia do ano fomos ao museu do Perfume Fragonard. Foi fantástico. Pequenino mas muito elucidativo e com um cheirinho indescritível. A mãe teve direito a um perfume de lá e os pais do namorado também. Fomos encher a barriguinha ao Hard-Rock, que isto de cheirar coisas boas dá fome. Depois fomos até ao Moulin Rouge e ao museu erótico mesmo ao lado e que merece uma visita. Subimos até Montmartre e toda a escadaria até Sacre-Coeur. Fomos para a zona dos pintores de rua e voltámos a descer a encosta até Pigalle.  Infelizmente não tive tempo de passar pelo café onde foi filmado o filme da Amelie Poulain. O tempo passou mais depressa do que queríamos e quando olhámos para o relógio fomos para casa que 2010 estava a horas de acabar.