sexta-feira, 15 de julho de 2011

Na agricultura


Desde pequena que planto couves e apanho batatas. Para grande alegria dos meus avós transmontanos, sempre adorei meter as mãos na terra e lavar os pés numa mangueira. Coisa que só acontece quando lá estou, porque convinhamos que morar em apartamentos, o único quintal que se pode ter só se for de cimento onde fica a varanda. Ora que vai daí, sempre que o namorado me pede ajuda para fazer coisas no quintal da casa dos pais eu, que sou uma fixe, digo logo que sim. Então ontem fui plantar Mirtilos. Não foram plantados directamente na terra por ainda não estar lavrada, mas arranjou-se um esquema num grande tubo e foram plantados lá. Foi-me explicado tudinho o que deveria fazer e em menos de nada pus tudo como deve de ser. Só couberam vinte, ainda faltam oitenta. Fiquei orgulhosa de mim, quando olhei para o tubo de quase três metros, e constatar que fui eu que plantei aquelas pequenas raízes. Dava era um jeitaço se o filho-da-mãe deste vento e frio se pusessem a andar depressinha e o verão voltasse. Seria uma agricultora de cabelos soltos e mãos na terra, muito mais feliz. Ao invés de cabelos nos olhos e terra nos dentes!

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