quinta-feira, 14 de abril de 2011

Se soubesse o que sei hoje

Há dias complicados. Há meses complicados. Há anos complicados. Há fases complicadas. Um pequeno nó transforma-se em novelo, o novelo transforma-se em bola e a bola rebola descontroladamente. Tudo era tão fácil de evitar se nos ensinassem a pedir ajuda no tempo certo, reconhecer o exacto momento de tomar decisões e parar no primeiro nó. Podíamos aprender na primária a ter lucidez no tempo certo, do mesmo modo que nos ensinam as letras, os números e as cores. Nunca fez tanto sentido a frase, "se soubesse o que sei hoje..."!
Muitas noites sem dormir, muita angústia, muito nó na garganta, muita dor de estômago, muita preocupação. Tudo nos tira a cor da pele, o brilho dos olhos, o sorriso da cara. Quando se bate no fundo e nos apercebemos que já não dá para descer mais, levantamo-nos. Porque o tempo dos gemidos foi durante a queda. Agora já chega. Porque nada acontece por acaso. Mesmo se soubesse o que sei hoje...

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