quarta-feira, 25 de maio de 2011

Ainda a má educação

Quem lê este blogue, principalmente em dias que eu estou mais irritadiça, deve-me achar pouco tolerante. E sou! Há coisas que não tolero, de todo. Uma delas é a falta de bom-senso nas pessoas, principalmente as que não sabem viver em sítios com mais gente. Toda a minha vida vivi em apartamentos, paredes com paredes com outros apartamentos e com outros prédios. E uma das grandes chatices dos prédios é a fraca insonorização que costumam ter. Por norma já é fraca, então nos prédios antigos costuma ser péssima. Em Lisboa tinha uns vizinhos de cima que eram uns autênticos ogres, apesar de sempre que eram chamados atenção puxavam dos galões que eram licenciados não sei em quê! E acho que foi aí que a minha teoria, de que formação académica não é igual a boa educação, ganhou mais força. Quando pensava que brevemente me iria livrar de gente estúpida como aquela, eis que no prédio ao lado do da minha mãe, no andar ao lado do nosso, no quarto que divide parede com o meu, vivem lá... ogres! Ah pois é! Que parece que quanto mais o tempo avança, mais gente estúpida existe. Alias, devia-se fazer uma tese sobre essas proporções. A quantidade de pessoas mal formadas em relação ao avançar do tempo moderno. Porque modernos só se forem as tecnologias, porque a boa educação anda num decréscimo alucinante. Então pronto é isto. Parece que do outro lado da parede do meu quarto, existe uma cambada de gente muito pouco dada a princípios, em que às três da manhã estão a falar como se estivessem a fazer promoção às couves na praça, e de repente parece que tenho o mercado dentro do meu quarto. Com direito a uns belos palavrões e tudo. Vocês perguntar-se-ão: "mas onde raiu é que ela mora?" Pois, eu própria também me faço essa pergunta. "O que raiu aconteceu a estes prédios, que sempre foram de uma vizinhança impecável, cheia de boa educação, civismo e respeito, e agora está nisto? Como é que isto se transformou desta forma?" E depois há outras coisas que são: o que fazer quando dividimos paredes com ogres como estes? É que se formos educados e chamar a atenção, eles reagem mal e são mal educados, para não dizer que são umas bestas. Se houver um dia que nos passamos da cabeça e damos pancadinhas na parede para avisar do barulho, ripostam com tamanha força que parece que a parede vai cair. Se chamamos a polícia, no dia a seguir se calhar é melhor passar a olhar por cima do ombro, sabe se lá do que aquela gente é capaz. Portanto assim de repente, dá-me vontade de lhes desejar uma coisinha má para ver se eles se põem a andar dali para fora! Faz de mim má pessoa? É que tenho andado a pedir a todos os santos que se ponham andar dali depressinha! 



P.S. Entretanto enquanto cá estão, se algum advogado, ou jurista, ou alguém com informações úteis, lêr isto, digam-me por favor o que devo fazer, para não me passar e não lhes desejar tão mal como desejo. Agradecida. Eu no fundo, no fundo, sou um amor de menina.

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