quarta-feira, 18 de maio de 2011

Strauss-Kahn


Tenho uma séria dificuldade em perceber algumas cabeças e, consequentemente, algumas atitudes. Custa-me entender como é que um homem de 70 anos, aparentemente equilibrado, com uma profissão de enorme responsabilidade a nível europeu põe uma vida de trabalho em risco por um acto sexual. Eu já nem falo no facto de ser uma pessoa imensamente instruída, que isto está mais que provado que os graus académicos não são sinónimo de boa educação e de bom carácter, mas uma pessoa com uma enorme visibilidade pública e com responsabilidades políticas tentar violar alguém, é qualquer coisa de indescritível. É doença? É desequilíbrio emocional? Ainda por cima este senhor é pai de uma rapariga. Será que em momento algum lhe passou pela cabeça que a sua filha, um dia, pode ser sujeita a um animal como ele estava a ser? 
Logo no dia a seguir insurgiram-se imensas pessoas em França que o senhor presidente do FMI estava a ser tratado como um vulgar criminoso. Peço desculpa, mas um homem que tenta violar alguém vai ser tratado como? Por sr dr violador? São os títulos académicos, os graus de mestre e de doutor que fazem com que uma tentativa de violação seja esquecida de forma automática? É nisto que gosto nos EUA. Não há cá poderosos, não há cá presidentes de não-sei-do-que. Cometeu um crime, vai preso e fica lá a pensar na vidinha. Se isto tivesse acontecido num país da Europa, o senhor andava feliz e contente ao ar livre, à espera de um inquérito qualquer que nunca chegaria a conclusão nenhuma. Ainda vinha fazer choradinho aos programas de televisão e a vítima ainda ia ser acusada de querer subir na vida á custa de escândalos e com sorte, processada por difamação. Sorte a de todos que o caso foi na América e assim, está numa cela pequenina, a pensar numa maneira de manter o fecho das suas calças fechado. E é muito bem feito!

Sem comentários: