terça-feira, 22 de fevereiro de 2011

Acupuntura- parte I

Amanhã vai ser a segunda vez que me vão espetar dezanove agulhas e eu contente por isso. 
À duas semanas decidi ir a uma consulta de medicina tradicional chinesa, depois da minha médica de família que é uma querida e de quem eu gosto muito, dar-me sempre a mesma resposta para uns valores alterados que vieram nas análises. Que ou era genético ou que era do sistema nervoso. E que tinha que me habituar. Bem, talvez seja genético, talvez seja do sistema nervoso e talvez até seja uma junção dos dois, o que é certo é que haviam sintomas físicos que começaram a interferir na minha qualidade de vida, nas minhas decisões, nas minhas refeições e até no meu humor. Mandarem-me fechar a boca para não irritar a minha vesícula, não transtornar o meu colesterol e os meus triglicerídeos, quando peso 45kg e já sou super atenta à alimentação, não achei que fosse uma boa opção. Ou pelo menos, que as coisas se resolvessem, por si só. 
Apesar de ser uma rapariga de ciências, perceber da área de saúde, apesar de eu ser mais ossos, músculos e tendões, consigo ter noção quando o meu corpo não está a 100% e precisa de ajuda para se recompor e ganhar energia. E foi exactamente para pôr fim a um estado de receios e nervosismos, que fui direitinha bater à porta da clínica do Dr. Pedro Choy. Foi um médico, com o tom de voz mais calmo que alguma vez ouvi, que me fez a consulta, e que me fez as perguntas mais hilariantes que alguma vez estava à espera de responder num gabinete médico, e que me disse que realmente não estava doente, mas que se não me tratasse iria ficar. Segundo ele, e com toda a lógica para mim, aos olhos da medicina ocidental só é considerada doença quando os meios de diagnóstico mostram que o órgão está anatomicamente alterado e daí advém a patologia. Contudo, segundo ele, antes do órgão ficar com a mazela, dá sinais que não está a trabalhar eficientemente e é aí que se previne a doença. É restituir ao órgão toda a sua actividade funcional normal para que ele não adoeça. Entre perguntas e respostas, passou-me um guia de tratamento que consiste na famosa Acupuntura com uns frascos de gotas para tomar antes de todas as refeições.
Devo dizer que comecei a tomar as gotas à duas semanas e que no segundo dia já sentia melhoras e alterações fisiológicas. Na semana a seguir, a começar o tratamento das gotas, comecei a Acupuntura e sou obrigada a reconhecer que há diferença da minha pessoa antes das agulhas, para o pós-agulhas. A minha energia, o meu humor, a minha descontracção, para não falar na minha vesícula, no meu trânsito intestinal, no meu estômago, estão como já não me lembro deles...fantásticos! E não sou eu só que digo, mas toda uma série de gente que convive e coabita comigo. Ainda vou no primeiro ciclo de Acupuntura e ainda tenho muitas sessões com agulhas espetadas, mas se ao fim da primeira sessão já vejo melhoras, daqui a meio ano estarei impecavelmente saudável o que muito me alegra o coração. 
Quando eu disse que iria renascer estava mesmo a falar a sério. Serei outra, a começar de dentro para fora!

1 comentário:

Ana Margarida disse...

E viva a medicina alternativa! Parabéns minha querida...talvez seja uma follower!:)