terça-feira, 15 de fevereiro de 2011

A vida com e sem farinha

Farinha. Assim de repente, é a palavra que me vem logo à memória para descrever os últimos dias! Acho que nunca comi tanta farinha em tão pouco tempo. Quando me sinto mais empanturrada, consigo imaginar a farinha toda dentro do meu corpo a borbulhar e a fermentar! Isto tudo porque este tempo não dá vontade de fazer mais nada, a não ser estar em casa a empanturrar-me de comida e a fazer experiências. Com esta brincadeira foi um pacote quase inteiro! O problema é que me soube mesmo muito bem o bolo de iogurte, que fiz para os anos de uma amiga, as panquecas que comi no brunch de domingo e os scones com compota que lanchei ao fim do dia. Claro que a partir de ontem fechei a boca e, até o jantar do dia dos namorados teve que ser redefinido para um pratinho mais leve, tipo legumes e legumes. E com queijo ralado, vá! 
Mas farinha e fermentos à parte, tive um fim-de-semana, partilhado com uma grande amiga, que me encheu a alma. Descontraído, com muita parvoíce, com muita conversa séria, com muitas gargalhadas, com muitos filmes, com muita consciência de como estamos perto dos trinta e de como isso nos assusta da mesma maneira que nos faz rir às gargalhadas. Só mesmo depois de muito sushi, cupcakes, caminhadas e uma excelente companhia, para me fazer chegar a segunda-feira com um sorriso na cara. Preguiçosa e arrastada, que só eu sei como sou de manhã, mas cheia de vontade para ganhar energia. E foi assim que começou a minha semana, descontraída. 
Eu disse que o princípio de Fevereiro era tão bom, quanto outro mês qualquer, para mudarmos o que não gostamos em nós. Pois que levei isso muito a sério. Que o meu coração merece andar sempre tranquilo, a minha mente calma e a minha alma serena. Às vezes não temos noção de como podemos ter esse efeito em alguém, mas são sempre essas atitudes desprendidas que nos ajudam a empurrar para a frente. Foi isso que a companhia da Di fez, empurrou-me para a frente. Mais um dia feliz, e depois outro, e depois outro. E o tempo vai passando. Porque é realmente um hábito e uma aprendizagem sermos felizes, respirarmos e sermos serenos.
Depois há quem assuma essa postura de vida de me empurrar, nem que seja à força, para a frente. Aquela pessoa que nós escolhemos para partilhar os nossos dias, em que nos abana, em que nos ensina a estender a mão e a pôr de lado o orgulho, que nos ensina a pedir ajuda de forma perceptível e não de forma bruta. Aquela pessoa que faz sempre toda a diferença, que nos faz querer ser a melhor pessoa do mundo, em que vê sempre o copo meio cheio e, mais importante, faz-me querer ver tudo da mesma maneira.
Amanhã começará outra etapa. E depois outra. E o que é a vida se não etapas, a conquistar umas atrás das outras?
Sim, foi um bom fim-de-semana. Afinal não é a farinha que descreve os últimos dias. É a felicidade!

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