quinta-feira, 16 de dezembro de 2010

Cenas

Na próxima 5ª feria, por esta hora, estarei dentro do aeroporto. Ou com os nervos em frangalhos sem saber nada sobre o meu voo, ou feliz e com os nervos em frangalhos, porque me vou meter dentro de um avião e só Deus sabe o medo que tenho a esse monte de latas com asas. De qualquer maneira a crise nervosa será uma constante, quer o voo saia a horas, quer eu fique lá até me poderem descarregar em Paris.

O que me faz pensar que tenho de ir arrumar as malas e fazer uma mágica qualquer, para que todos os casacos e camisolas polares caibam dentro da mala. Ao que parece o calor e o sol não abundam muito para aqueles lados e a última informação meteorológica que tive foi: -6º! Eu não faço ideia do que é estar num sítio com temperaturas negativas, portanto não tenho nenhuma noção de nada, o que talvez seja melhor, visto que eu até no verão preciso de um cobertor que me aconchegue! O que também me lembra que não tenho um par de luvas. Caraças, quanto mais penso, mais a lista cresce! 

Almoço com uma das pessoas mais importantes na minha existência, a minha bela madrinha. Em que o tempo voa sempre, quando nos pomos à conversa, que é como quem diz, quando eu começo a falar sem parar sobre tudo o que ocupa a minha vida e a minha cabeça. Mas no meio do rolo de carne com esparregado, deu para matar saudades, conversar um bocadinho e receber mais uma prendinha de Natal que já está aqui debaixo da minha pequena árvore. Pelas letras do saco é um perfume! E sendo a madrinha uma frequentadora do Tulipa, acho que consigo adivinhar qual é!

E pela conversa que tive à pouco horas, acho mesmo que tenho de habituar-me à ideia de que a prenda que eu queria muito, muito, muito não virá fazer-me feliz. O meu adorado casaco, aquele que quando eu vesti e se entranhou completamente na minha pele, que assim de repente nos tornámos num só, não vai parar debaixo  de nenhuma das minhas Árvores-Natal. E pronto, é com grande tristeza que te digo adeus e me despeço de ti. Poderíamos ter sido muito felizes, termos uma bela vida juntos e partilhar momentos de grande alegria meu pequeno casaco. Um até sempre! Vou ali sofrer um bocadinho e já venho.

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