segunda-feira, 10 de janeiro de 2011

Nous à Paris

Adoro Paris. O meu namorado detesta franceses. Quando lhe disse que ía passar o Natal a França, e que a nossa passagem de ano também seria lá, ele nem pestanejou. Disse que ía ver em que dia podia ir ter comigo e quando soubesse comprava os bilhetes. No dia a seguir a ter comprado os meus, ele comprou os dele.
Tenho noção que ele não vê aquela cidade com os mesmos olhos e com a mesma emoção que eu vejo. Mesmo assim foi, de coração aberto, com vontade de recortar as ruas parisienses comigo e de conhecer os lugares do roteiro que eu preparei semanas antes. Acordava todos os dias bem disposto a perguntar onde iríamos e o que tinha preparado para aquele dia. Confiou em mim. E fiz de tudo para lhe mostrar tudo aquilo que o pudesse fascinar. Ele que odeia o frio, que por vontade própria viveria sempre acima dos 25ºC, trouxe a mala cheia de camisolas e vontade de viver aqueles dias só eu e ele.
Sei que não foi a viagem da vida dele, sei que se tivesse escolhido um sítio para passarmos umas mini-férias, Paris seria seguramente a última opção. Mas a oportunidade surgiu e ele não me tirou a alegria, nem por um segundo. Viveu tudo intensamente comigo. Alegrou-se comigo. Fez de tudo para me ver feliz, todos os dias. E até do frio ele me escondeu. Se isto não é amor, o que é?


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