No dia que o namorado chegava estava um frio desgraçado, mas já sem neve. Enchi-me de coragem, vesti-me tão quentinha como podia e enfiei-me no metro até ao Louvre. Quando entrei dentro das galerias os meus olhinhos só procuravam uma casa-de-banho, até que encontrei uma toda xpto. Tão xpto que tive de pagar um euro para usufruir de uma requintada sanita e algumas folhas de papel higiénico. Quando entrei lá dentro é que reparei que estava dentro de uma loja, toda perfumada, daquelas que vende papel higiénico de todas as cores e feitios, mais velas e frascos perfumados e que, por acaso, tinha casas-de-banho. Um euro para usar a casa de banho, dois euros se quisesse usar uma casa de banho com Spa japonês e mais outras relíquias que iam fazendo subir o preço até aos 5 euros. Um luxo, portanto. E eu só queria fazer xixi! Ah, e o Louvre estava fechado.
Já que estava na rua, resolvi percorrer o jardim e perder-me pela cidade. Fui parar à Place Vendôme a tropeçar em limousines com chauffeurs, carros lindos que eu nunca tinha visto, o Ritz de um lado e a Dior do outro. Andei pela Ópera, pelas galerias Lafayette, pela Madelaine e pela Boulevard Cappuccino de onde, sempre que se abria uma porta, cheirava a chocolate quente e a crepes. Encontrei um Starbucks e fui lá direitinha para me aquecer por dentro e por fora. A chuva começou e eu fui direitinha para o quentinho da casa. No dia a seguir havia mais e com o namorado!
1 comentário:
E esse preço era para fazer xixi imagina se fosse algo mais elaborado lololol
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