terça-feira, 4 de janeiro de 2011

Les aventures de Andreia Poulain- Parte III

O roteiro que fiz para os dias que ia visitar Paris com o namorado, começava pelos museus. Fomos direitos ao centro Pompidou e mal subimos as escadas do metro começámos a ver uma fila de km que dava quase a volta ao edifício. Cheios de coragem e com sandes na mochila, começámos a fazer parte dela. Quase uma hora depois e de estarmos a meio  caminho da entrada, alguém do centro informou que o acesso ao edifício para visitar as galerias era outra. Aquela entrada era apenas para o centro de documentação. Quando fomos em direcção á entrada correcta, encontrámos uma fila tão grande como a primeira. Obviamente que nos fartámos de rir, mas sem achar grande piada á coisa. Depois de muita espera e de conversa com uma família brasileira lá entrámos. O centro Pompidou é um museu de arte contemporânea, com imensas peças modernas e alternativas. Vimos duas galerias com duas exposições diferentes. Uma de Mondrian, em que os desenhos são feitos milimetricamente e com um jogo de cores um pouco estranhos, mas que no geral têm uma certa piada. A outra exposição era feita com lixo urbano onde havia de tudo, um corpo de mulher feito de silicone preenchido com pincéis de barba de homem, um frigorífico partido ao meio com um carro de supermercado lá enfiado, vitrais com latas e dentaduras postiças lá dentro. O resto do museu tem coisas interessantes, mas nada que me tivesse cativado para lá voltar outra vez. É enorme, passámos grande parte da tarde lá dentro e não visitámos mais nenhum museu. Comprámos um crepe cheio de chocolate e um chá quente numa roulote e lá fomos a pé até à câmara de Paris, ver pessoas a fazer patinagem no gelo. Continuámos até à catedral de Notre-Dame e seguimos até à Bastilha.

O museu de Artes e Materiais foi o primeiro do dia seguinte. Já sabia que o namorado ía delirar lá dentro e delirou. Por ele tinha lá ficado até fechar, no meio das engenhocas antigas, dos primeiros telefones, dos primeiros computadores cheios de botões, na evolução das telecomunicações e dos transportes, nas explicações entre os comboios a vapor até ao TGV. Uma viagem à evolução das coisas que tanto o fascinam. 
Atravessámos o Sena para o outro lado e voltámos a Notre-Dame com vontade se subir até ás torres, mas a fila era enorme e achámos que não valia a pena voltar a desperdiçar uma tarde por causa de um único sítio, com tanta coisa para ver. Demos a volta á catedral e passámos por uma ponte que estava cheia de cadeados. Achámos piada mas não percebemos o significado.
Depois foi a vez do Louvre. Queríamos ver a Mona Lisa e primeiro que a encontrássemos, devemos ter visto metade das galerias, mas sempre a correr. A Revolução Francesa e a Última Ceia de Cristo cruzaram-se connosco acidentalmente, mas nem por isso deixámos de lhes dar a merecida atenção. Quadros lindos!
O museu fechou, atravessámos o jardim até à roda gigante e fomos aos crepes quentinhos para comer pelo caminho. Passamos pela residência oficial do Sarkozy, vi pela primeira vez uns Louboutin ao vivo e a cores e bloqueei numa montra da Prada. Subimos a Champs-Élysées, parei numa Ladurée linda de morrer para comprar deliciosos macarrons e uma subida ao Arco do Triunfo fizeram-me latejar os músculos das pernas. Era menina para jurar que aquele belo monumento tinha elevador, e tinha, mas era apenas utilizado pelos funcionários. Os turistas subiam as escadas que era um consolo e aquilo até era coisa para ter a altura do primeiro andar da torre Eiffel. Mas a vista valeu bem a pena.

No último dia do ano fomos ao museu do Perfume Fragonard. Foi fantástico. Pequenino mas muito elucidativo e com um cheirinho indescritível. A mãe teve direito a um perfume de lá e os pais do namorado também. Fomos encher a barriguinha ao Hard-Rock, que isto de cheirar coisas boas dá fome. Depois fomos até ao Moulin Rouge e ao museu erótico mesmo ao lado e que merece uma visita. Subimos até Montmartre e toda a escadaria até Sacre-Coeur. Fomos para a zona dos pintores de rua e voltámos a descer a encosta até Pigalle.  Infelizmente não tive tempo de passar pelo café onde foi filmado o filme da Amelie Poulain. O tempo passou mais depressa do que queríamos e quando olhámos para o relógio fomos para casa que 2010 estava a horas de acabar.




















1 comentário:

Pequenos e divertidos disse...

Grandes fotos começas a despertar-me curiosidade notre-dame deve ser brutal e o museu do sexo ja a Nagui me disse que tinha gostado, entre toda a restante arte que referenciaste! acredito que tenhas vindo mesmo em pleno :D